Lavagna apresenta orçamento de 2003 considerado otimista

O ministro argentino de Economia, Roberto Lavagna, apresentou hoje a proposta de orçamento para 2003 ao Congresso do país. Considerado pelos analistas e pelo próprio FMI de extremado otimismo, o orçamento prevê: superávit primário d e 11,7 bilhões de pesos (1,6% do PIB); déficit fiscal de 3,2 bilhões de pesos; arrecadação de 76,8 bilhões de pesos e 14,6 bilhões de pesos para serviço da dívida.

O orçamento apóia-se somente em hipóteses. Começa com a suposição de que o acordo com o FM I ocorrerá no terceiro trimestre deste ano; depois, que em 2002 haverá uma solução para o ?corralito? e que a demanda de dinheiro se estabilizará; segue com a premissa de que as províncias cumprirão com os pactos fiscais e reduzirão de 50% a 60% de seus déficits; e, por último, que não haverá uma inflação galopante depois que as tarifas de serviços públicos, congeladas desde dezembro, forem reajustadas.

Com base nesses quatro cenários projetados pelo ministro de Economia, o orçamento prevê um crescimento de 3% do PIB; uma inflação de 45,2% anual; dólar em torno de 3,63 pesos; aumento das exportações da ordem de 5%. Para conseguir tudo isso, o orçamento prevê um aumento de impostos. A equipe econômica trabalha com duas alternativas que o Congresso terá que decidir: ou o corte radical de gastos ou o aumento de 35% do Imposto à Transferência de Naftas e GNC e de 20% do óleo diesel, além de cortes de isenções e incremento de outras tarifas. O governo precisa de 8 bilhões de pesos para fechar suas contas e cumprir suas metas propostas ao FMI.

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