Juro futuro recua com tranqüilidade externa

Os juros futuros iniciaram o pregão de bom humor, reagindo ao ambiente externo tranqüilo e ao resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) referente à primeira quadrissemana de julho. A inflação medida pela Fipe mostrou alta de 0,48%, abaixo do resultado do fechamento de junho, de 0,55%, e também inferior ao piso das expectativas de analistas.

Operadores dizem que a elevação recente de alguns índices de inflação – com taxas acima das projeções – vinha estimulando a reversão de posições vendidas nos últimos dias. Agora, cada vez que surge um indicador de preços mais ameno, o mercado encontra espaço para voltar a aplicar. Às 10h21, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010 – tradicionalmente o mais negociado – tinha taxa de 10,62% ao ano, ante 10,7% do dia anterior. Em seguida, aparece o DI para janeiro de 2009, a 10,61% ao ano de 10,67% na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).

Participantes de mercado destacam que ainda há algum prêmio nos contratos de curto prazo, considerando a aposta de que a taxa Selic vai cair 0,5 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nos dias 17 e 18. E, por isso, pode haver algum ajuste para baixo dessas taxas. Mas, destacam profissionais, a expectativa de boa parte do mercado é que, junto com a decisão de queda da Selic para 11,50%, o Copom dê algum sinal de cautela para os próximos passos da política monetária. Uma possibilidade cogitada é que o placar da decisão venha novamente dividido, entre 0,5 ponto e 0,25 ponto de corte.

Essa seria uma forma de o Banco Central (BC) mostrar-se atento à elevação da inflação recente e, principalmente, reafirmar ao mercado sua postura ainda conservadora – ao contrário do que foi interpretado quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu pela manutenção da meta de inflação de 4,5% para 2009.

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