IPCA 2013 segue em 5,5%

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) mostra que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 subiu de 5,27% para 5,28%. Para 2013, não houve alteração e a estimativa seguiu em 5,50%. Há um mês, antes do corte mais agressivo do juro básico, o mercado previa alta de 5,24% na inflação deste ano e de 5,11% no próximo ano.

A projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses, por sua vez, manteve a trajetória de aceleração e passou de 5,37% para 5,41%, na quinta alta seguida. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,28%.

No grupo dos analistas que mais acertam as projeções na pesquisa Focus, o chamado top 5, a mediana das expectativas para 2012, no cenário de médio prazo, foi mantida em 5,30%. Para 2013, ficou em 5,10%. Quatro semanas antes, esse grupo esperava altas de 5,18% em 2012 e de 5,02% em 2013.

Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a previsão para o IPCA em março manteve-se em 0,45% pela quinta semana seguida. Para abril, a expectativa seguiu em 0,50% pela segunda semana. Há quatro semanas, o mercado esperava altas de 0,45% e 0,48%, respectivamente.

Alta do PIB

A expectativa do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano recuou de 3,30% para 3,23%, segundo a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central. Para 2013, no entanto, a projeção subiu de 4,20% para 4,29%. Um mês antes, as estimativas eram de 3,30% neste ano e de 4,10% no próximo ano.

O levantamento semanal mostra ainda que a mediana das expectativas para o avanço da produção industrial em 2012 se manteve em 2,03%. Quatro semanas antes, economistas trabalhavam com 2,60%. Para 2013, a expectativa de expansão da indústria recuou de 4,05% para 4%, de iguais 4,05% um mês antes.

Analistas aumentaram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012 de 36,14% para 36,20%. Para 2013, a projeção avançou de 34,79% para 35%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 36,20% e 35% do PIB para cada um dos dois anos.

Projeção da Selic

O mercado financeiro não alterou as previsões para o comportamento do juro nos próximos meses. Pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) mostra que analistas mantiveram a previsão de que o ciclo de afrouxo monetário deve acabar na próxima reunião, em 17 e 18 de abril.

Para essa data, a mediana das expectativas para a taxa Selic seguiu em 9% ao ano – o que indica expectativa de corte de 0,75 ponto, já que atualmente o juro básico é de 9,75% ao ano. A partir dessa decisão, economistas esperam manutenção do juro básico da economia brasileira em 9% até o fim do ano.

Para 2013, analistas apostam na volta do aumento do juro para conter a inflação, com a Selic em 10% ao fim do próximo ano, mesma previsão feita na semana passada. Há um mês, antes do corte mais agressivo (de 0,75 ponto porcentual) na Selic em março, o mercado esperava juro de 9,50% no fim de 2012 e em 10,50% no fim de 2013.

A pesquisa mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio neste ano em 9,28%. Para 2013, foi mantida a previsão de Selic média em 10%. Quatro pesquisas antes, analistas esperavam Selic média de 9,69% em 2012 e de 10,46% no ano que vem.

IGP-DI 2012 segue em 4,88%

Na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC), a mediana das projeções para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2012 foi mantida 4,88%. No caso do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a previsão para 2012 avançou de 4,59% para 4,64%, terceira alta seguida. Quatro semanas atrás, analistas apostavam em altas de 4,64% para o IGP-DI e de 4,60% para o IGP-M em 2012.

Para 2013, a aposta para o IGP-M ficou em 4,95%. Para o IGP-DI, por sua vez, subiu de 4,95% para 4,98%. Há quatro semanas, a previsão era, respectivamente, de 5% para o IGP-M e de 4,90% para IGP-DI.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para 2012, ficou em 4,59%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,08% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe subiu de 4,83% para 4,85%. Este último é o mesmo valor estimado há quatro semanas.

Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados – as tarifas públicas – em 2012 em 4%, previsão repetida pela nona semana seguida. Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados manteve-se em 4,50% pela 111ª pesquisa consecutiva.

Déficit em conta corrente

O mercado financeiro aumentou a previsão de déficit em transações correntes do Brasil em 2012. A pesquisa semanal Focus realizada pelo Banco Central (BC) mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente neste ano aumentou de US$ 68 bilhões para US$ 69 bilhões, ante déficit esperado de US$ 67,05 bilhões previstos um mês atrás. Para 2013, a previsão de rombo nas contas externas manteve-se em US$ 70 bilhões pela 31ª semana seguida.

Na mesma pesquisa, economistas ajustaram a estimativa de superávit comercial neste ano. No levantamento, a mediana das expectativas para o saldo da balança comercial em 2012 recuou de US$ 19,10 bilhões para US$ 19,00 bilhões. Há um mês, o mercado previa saldo positivo de US$ 19,10 bilhões. Para 2013, foi mantida estimativa de superávit de US$ 15 bilhões pela quinta semana consecutiva.

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, seguiram em US$ 55 bilhões neste ano pela 13ª semana seguida. Para 2013, a mediana caiu de US$ 58,35 bilhões para US$ 55 bilhões, exatamente o patamar previsto um mês antes.

Previsões para IPCA

A média das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuou em elevação na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC).

No levantamento, a média das estimativas para a inflação oficial em 2012 subiu de 5,27% para 5,28%. Para 2013, a média das projeções avançou de 5,43% para 5,50%. Para 2014, a média foi na mesma trajetória e passou de 5,15% para 5,19%.