IPCA-15 ficou em 0,18% em Curitiba

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) desacelerou na Grande Curitiba, passando de 0,63% em agosto para 0,18% em setembro. Em nível nacional, a inflação também recuou de 0,42% para 0,29%. Com esse resultado, o IPCA-15 acumula no ano variação de 2,27% na Grande Curitiba e de 3,15% no País. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 A inflação da Grande Curitiba foi a quarta menor do País, atrás de Goiânia (-0,08%), Porto Alegre (0,15%) e Belo Horizonte (0,16%). A maior variação foi registrada em Recife (0,69%).

O grupo alimentos e bebidas, com queda de 0,19%, contribuiu para o controle da inflação em setembro em Curitiba e região metropolitana (RMC). Em nível nacional, este grupo registrou aumento de 0,87%. Alguns itens que fazem parte da cesta básica registraram queda nos preços em setembro – caso da farinha de trigo (-0,28%) e do açúcar refinado (-5,69%). Na média do País, esses dois produtos registraram alta de 1,36% e 0,75%, respectivamente. Também o arroz subiu menos do que a média nacional: 1,16% na Grande Curitiba, contra 3,23% na média brasileira. Outros itens que pesaram menos no bolso do consumidor da RMC foram alface (-8,47%), repolho (-12,51%), mamão (-21,76%), laranja-pêra (-14,95%) e cebola (-19,05%).

Também houve queda nos preços dos medicamentos (-2,09%) e no grupo cuidados pessoais (-1,02%). Por outro lado, houve alta nos grupos habitação (0,14%) e vestuário (0,25%) – puxada pela alta de 0,62% nas roupas femininas. Os preços dos combustíveis também pesaram no bolso dos consumidores da Grande Curitiba, com alta de 1,05%, puxada pelo aumento de 1,06% no preço da gasolina, de 0,95% no do álcool e de 0,10% no do óleo diesel.

Pé no freio

Em nível nacional, o grupo alimentação e bebidas foi o principal responsável pela desaceleração do IPCA-15 de agosto para setembro. A alta nesse grupo ficou em 0,87% em setembro, ante 1,61% em agosto.

Segundo nota divulgada pelo IBGE, apesar de o item leite e derivados continuar à frente das maiores contribuições, com 0,05 ponto porcentual na taxa de setembro, os preços subiram menos. Enquanto em agosto a alta desse item havia sido de 10,62%, em setembro ficou em 1,98%. A desaceleração ocorreu por causa do leite pasteurizado, cujo reajuste ficou em 0,21% em setembro, ante 13,91% no mês de agosto. Outros alimentos também mostraram desaceleração na taxa de crescimento de preços, como as carnes (que da alta de 4,21% de agosto passaram para 1,46%) e o pão francês (1,86% para 0,64%).

Por outro lado, alguns produtos, como feijão e arroz, tiveram aumentos mais acentuados. A variação do feijão preto passou de 3,64% em agosto para 4,76% em setembro, e o carioca, de 2,77% para 5,25%. No caso do arroz, os preços aumentaram 3,23% em setembro, sendo que em agosto haviam apresentado queda de 0,15%. O óleo de soja (de 1,61% para 3,74%) também teve alta mais acentuada.

Nos produtos não-alimentícios, cuja taxa foi de 0,13%, destacaram-se as quedas registradas na gasolina (de -0,70% em agosto para -0,86% em setembro), álcool (de -5,65% para -2,08%) e telefone fixo (de 1,02% para -0,92%). 

Voltar ao topo