Inversão de expectativas ajuda em definição de medidas de recuperação, diz Serra

O ministro das Relações Exteriores (MRE), José Serra, afirmou nesta segunda-feira, 20, que há uma inversão de expectativas dos agentes sobre a economia brasileira, o que ajuda no avanço da tomada de medidas para a recuperação da economia. Em reunião com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), realizada neste momento, o chanceler elogiou o governo do presidente em exercício, Michel Temer, falando que ele tem demonstrado ter mais apoio no Congresso do que a presidente afastada, Dilma Rousseff.

“Ele tem maior apoio no Congresso, até pela sua experiência pessoal. Já foram aprovadas coisas importantes, como a meta fiscal e a DRU (Desvinculação de Receitas da União). Sabemos que um dos fatores de fragilização do governo Dilma foi a falta de apoio no Congresso, começando pelo seu próprio partido na Casa”, declarou Serra.

Segundo ele, a equipe econômica também está se mostrando um fator de credibilidade, o que ajuda na retomada da confiança. “Cito alguns nomes, como Pedro Parente, como novo presidente da Petrobras; Maria Silvia Bastos, no comando do BNDES; e Ilan Goldfajn, no Banco Central. O segundo alto escalão teve efeito muito positivo no mercado. Estão fazendo milagres? Não, mas abre expectativas”, falou.

Sobre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Serra comentou que ele “está fazendo um bom desempenho ao lidar com expectativas e ao abrir uma política econômica mais serena”. “E isso também tem ajudado na reversão de expectativas dos agentes. Mas não vamos fazer mágica. É preciso também que o gasto privado esteja se movimentando para cima”, destacou.

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