Inovações em alimentação excluem os transgênicos

Os produtos de duas multinacionais que pesquisam a utilização mais ampla da soja para alimentação humana são exemplos de inovações que repudiam o uso do grão de plantações com transgenia. Empresas que desenvolvem tecnologias que utilizam apenas processos naturais, as japonesas SC Foods e Toshoku Company têm propostas para aproveitamento total da soja, até então impossível diante da rejeição – ao sabor e odor – que desviava parte da produção para alimentação animal.

Com atenção voltada à crescente rejeição internacional aos organismos geneticamente modificados, as duas empresas colocam o uso exclusivo da soja convencional como única restrição na busca por parceiros. A condição não representou obstáculo para empresas de oito países manifestarem interesse com a Toshoku.

O total aproveitamento do grão e a aprovação dessas inovações por outras multinacionais fabricantes e distribuidoras expõem o aumento do interesse pela produção convencional, além de rebater o argumento que coloca a produção transgênica como solução para escassez de alimentos. “Os testes mostram que a utilização da soja pode ser ampliada”, afirma Christine Müller, gerente de projetos para bebidas da Nestlé, ao ressaltar que a nova tecnologia expande o potencial da soja ao eliminar sabor e odor desagradáveis.

Tecnologia

A soja é o maior fornecedor de proteínas entre os vegetais. Rica em isoflavona, vitaminas e fibras, ajuda a controlar os efeitos da menopausa, a prevenir contra a osteoporose e arteriosclerose. Entretanto, sua utilização como alimento é comprometida devido ao gosto e cheiro peculiares do grão. Utilizando enzimas, as empresas japonesas bloquearam a reação que lidera o odor ruim sem danificar as propriedades nutricionais. O desenvolvimento direcionado aos consumidores preocupados em melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças exclui ainda o uso de essências. Seguindo esta filosofia, as empresas repudiam a utilização de organismos geneticamente modificados.

Voltar ao topo