Inflação e juros ainda vão cair mais

Brasília (AE) – O mercado financeiro alterou suas previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) para este ano.

De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), a estimativa dos especialistas para o IPCA de 2006 recuou de 3,76% para 3,74%. A expectativa do mercado para a Selic deste ano passou de 14,25% para 14% ao ano. A projeção para o IGP-DI em 2006 foi reduzida de 3,61% para 3,58%. Também apontou que a mediana das estimativas para o IGP-M recuou de 3,76% para 3,53%.

Ainda para o IPCA, as instituições Top 5, aquelas que mais acertam suas apostas no cenário de médio prazo, reduziram de forma mais intensa essa previsão, que passou de 3,69% para 3,53%. Para 2007, a expectativa dos economistas para o IPCA foi mantida em 4,50%.

Para julho, a mediana das estimativas para o indicador caiu de 0 20% para 0,15%, enquanto que para agosto sofreu redução de 0,34% para 0,32%. A projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses teve pequena alta, passando de 4,38% para 4,41%.

A pesquisa do BC mostrou também que a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de 2006 caiu de 2,33% para 2,31%. Para 2007, a estimativa para este indicador passou de 4,28% para 4,25%.

Segundo a Focus, a previsão para a taxa Selic em 2007 foi mantida em 13% ao ano. A mediana das estimativas para os juros médios em 2006 teve discreto recuo, de 15,31% para 15,28%. Para o ano que vem, esse indicador passou de 13,70% para 13,59% e para agosto de 2006, as apostas permaneceram em 14,50% ao ano.

Ainda de acordo com a pesquisa do BC, a estimativa de alta dos preços administrados passou de 4,5% para 4,40% em 2006. Para o ano que vem, a estimativa para este indicador ficou em 4,5%.

Câmbio

O mercado deixou inalterada em R$ 2,23 sua projeção para a taxa de câmbio no final deste ano. Para 2007, a mediana das estimativas permaneceu em R$ 2,35. A projeção para a taxa de câmbio média em 2006 foi mantida em R$ 2,20, enquanto para 2007 teve leve recuo, passando de R$ 2,30 para R$ 2,28. A mediana das expectativas para o câmbio no final de agosto de 2006 teve discreta queda, saindo de R$ 2,20 para R$ 2,19.

Os especialistas também não alteraram as estimativas para o crescimento econômico do Brasil neste e no próximo ano. De acordo com a pesquisa, a expectativa de expansão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 ficou inalterada pela 8.ª semana consecutiva em 3,60%, enquanto para 2007 foi mantida em 3,70% pela 16.ª semana seguida. Já a mediana das expectativas para o crescimento da produção industrial em 2006 subiu levemente, passando de 4,11% para 4,15%. Para 2007, entretanto, foi mantida em 4,50%.

A projeção do mercado para o superávit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos em 2006 caiu de US$ 9 bilhões para US$ 8,65 bilhões. Para o próximo ano, também houve redução na mediana das estimativas para este indicador, que passou de US$ 4,20 para US$ 4 bilhões.

Voltar ao topo