Culpa do cigarro

Inflação de maio acelera e atinge 0,68% em Curitiba

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de maio ficou em 0,68% em Curitiba, aumentando em relação ao de abril, quando fechou em 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O reajuste nos preços, divulgado ontem, também é ligeiramente superior ao índice nacional, fechado em 0,59%. A capital paranaense ficou em quinto lugar entre as 11 cidades pesquisadas.

Entre os principais itens que contribuíram para a alta, estão a batata-inglesa (24,18%) e o fumo (19,28%). O feijão preto foi destaque entre as baixas, com queda de 15,13%.

No índice nacional, foi o reajuste dos preços de cigarros e remédios que acelerou a alta do IPCA-15, que tinha sido de 0,36% em abril e passou para 0,59% em maio.

O IPCA-15 é calculado com base na variação dos preços entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês corrente, a fim de indicar tendências para o indicador cheio do mês, que é o balizador oficial das metas de inflação do governo.

O resultado superou as estimativas dos analistas do mercado consultados na véspera pela Agência Estado, já que eles aguardavam uma variação de 0,40% a 0,55%.

O centro da meta de inflação para 2009, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. Com o resultado divulgado hoje, a inflação acumulada em 2009 é de 2,1% e, no período de 12 meses, de 5,44%.

Das classes de despesa usadas para calcular o IPCA-15, o grupo dos alimentos registrou alta de 0,29% em maio, ante a taxa de 0,20% em abril. Em Curitiba, a variação foi maior: 0,53%.

Os destaques de alta nacional foram apurados em: leite longa vida (6,26%), batata-inglesa (18,47%), carnes (0,74%) e tomate (6,69%). Os dois últimos itens também subiram na capital -0,29% e 8,80%, respectivamente -, assim como o leite longa vida, que subiu 5,12%.

As principais deflações entre os alimentos, no País, foram vistas no açúcar cristal (-1,33%) e hortaliças (-5,39%), além do arroz (-3,13%) e feijão carioca (-7,51%). O arroz (-2,76%) também barateou em Curitiba, mas as hortaliças ficaram mais caras (3,58%). O IBGE não pesquisa, na capital, o açúcar cristal – apenas o refinado, que subiu 2,66% – e o feijão carioca.

Já os produtos não alimentícios subiram 0,68% no IPCA-15 nacional este mês, ante alta de 0,41% no mês anterior. Os cigarros (18,42%) e os remédios (3,21%) foram os itens que mais pressionaram o IPCA-15 de maio, respondendo, juntos, por 0,26 ponto porcentual, ou 44% da inflação de 0,59% registrada pelo indicador neste mês. Outros itens que pressionaram os itens não alimentícios em maio foram energia elétrica (1,85%) e empregado doméstico (1,35%).

Em Curitiba, os medicamentos também subiram, porém em menor proporção. O índice ficou em 0,96%. Na energia elétrica e nos serviços de empregado doméstico, a alta na capital foi próxima ao índice nacional: 1,76% e 1,32%, respectivamente.

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