Inflação começa a perder o fôlego em Curitiba

A inflação oficial começa a perder o fôlego em Curitiba, que registrou o terceiro menor IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) do País, em novembro, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O percentual de 0,26% foi menor que o do mês anterior, de 0,30% e menor, também, que a média nacional de 0,36% de novembro contra 0,45% registrados em outubro. No acumulado do ano, a capital paranaense tem o quinto menor índice, de 5,45%, menor que a média nacional de 5,61%. O percentual acumulado de Curitiba só ficou acima de Brasília (4,52%), Belo Horizonte (4,94%), Salvador (4,74%) e Goiânia (5,29%).

Para cálculo do índice foram comparados os preços coletados no período de 30 de outubro a 26 de novembro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de setembro a 29 de outubro (base).

De um mês para o outro, no País, os preços dos alimentos subiram menos: de 0,69% em outubro, passaram para 0,61% em novembro. Vários itens apresentaram menor crescimento de preços, destacando-se as carnes que, de 3,61% em outubro, passaram para 2,53% em novembro, apesar de continuarem na liderança das maiores contribuições (0,06 ponto percentual).

A maior alta dos alimentos ficou com a região metropolitana de Porto Alegre, com 1,50%, enquanto o menor resultado foi verificado na região de São Paulo, com 0,18%. Com o resultado de novembro, o grupo dos produtos alimentícios acumula alta de 10,71% no ano, acima de igual período de 2007 (8,55%).

Quanto aos produtos não alimentícios, a taxa passou dos 0,38% de outubro para 0,29% em novembro. Nos artigos de vestuário, que acumulam alta de 6,25% no ano, foi significativa a redução na taxa de crescimento de preços de outubro (1,27%) para novembro (0,71%).

Em habitação (de 0,62% para 0,43%), os itens taxa de água e esgoto (de 0,77% para 0,00%), reparos (de 1,84% para 1,13%) e energia elétrica (de 0,44% para 0,16%) foram os principais responsáveis pela menor variação do grupo.

Em transportes (de 0,02% para -0,02%), os destaques ficaram com os automóveis usados (de -0,58% para -2,61%) e com o álcool (1,08% para -0,21%), enquanto nas despesas pessoais (de 0,68% para 0,50%), os itens empregados domésticos (de 1,11% para 0,86%) e cigarros (de 0,40% para 0,00%) foram as principais contribuições para a redução do grupo.

Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi em Brasília (0,95%), onde a gasolina ficou 4,84% mais cara e o álcool, 7,61%. O índice mais baixo foi o de São Paulo (0,17%), onde ocorreu a menor taxa de variação dos alimentos (0,18%).

INPC também abaixo do registrado em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC – apresentou variação de 0,38% em novembro, e ficou 0,12 ponto percentual abaixo do resultado de outubro (0,50%).

No acumulado do ano o índice situou-se em 6,17%, superior à taxa de 4,15% referente ao mesmo período do ano passado. Nos últimos doze meses, o resultado ficou em 7,20%, abaixo da taxa de 7,26% dos doze meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2007 o INPC fora 0,43%. Em Curitiba os percentuais foram: 0,26% em outubro contra 0,35% em novembro. Alta acumulada no ano de 5,91%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,50% em novembro, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,33%. Em outubro, os resultados haviam ficado em 0,67% e 0,43%, respectivamente. O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos.

Nas regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Porto Alegre (0,83%), onde os alimentos ficaram com a maior variação, 1,41%. O mais baixo foi o de São Paulo (0,08%), onde os alimentos apresentaram queda de 0,01%.