HRT aguarda dados sobre campo na costa da Namíbia

A HRT deve obter ainda na noite deste domingo informações sobre a conclusão da perfuração do primeiro campo de petróleo na costa da Namíbia, disse presidente da companhia Marcio Rocha Mello. A petroleira tem 12 blocos de exploração naquele país.

“Provavelmente hoje (domingo) à noite vamos ter as informações desse primeiro campo e estou bastante otimista”, contou o executivo. “Mas mesmo que não encontremos ali, vamos achar nos outros três nos quais estamos trabalhando. Temos relatórios apontando que a chance de encontrar petróleo para produção comercial em um desses campos é de entre 25% e 35%. Como estamos trabalhando em quatro campos, temos tudo para ter sucesso nessa etapa.”

O executivo deixou o 12º Fórum de Comandatuba, um dos principais encontros empresariais do País, no resort Transamérica Ilha de Comandatuba, litoral sul da Bahia, para acompanhar, da sede da HRT, no Rio, receber detalhes da perfuração do primeiro campo no país africano, a 4,6 mil metros de profundidade.

No Brasil, segundo o executivo a companhia parte para uma nova tentativa de aproveitamento da reserva de gás natural encontrada Bacia do Solimões, na Amazônia, depois de ver frustrada a expectativa de encontrar petróleo nos 21 blocos adquiridos na região. A reduzida perspectiva de aproveitamento da reserva de gás, sem uma rede de gasodutos para distribuição, provocou queda de quase 90% no valor da ação ON da HRT em relação a cotação máxima, alcançada em 2011. “Se não dá para ir à montanha, vamos trazer a montanha”, disse Mello.

De acordo com o executivo, o plano de construir um termelétrica e distribuir a energia na região está avançado. “Nosso plano é aproveitar as características do gás natural lá, que é seco e mais limpo que o normal, para construir uma termelétrica no local e fazer a ligação com os troncos de distribuição de energia da região. O projeto já está pronto, estamos apresentando e colhendo bons retornos. Está orçado em R$ 3,6 bilhões e terá capacidade de atender toda a população da região. É coisa de 1 milhão de megawatts, dá para fazer uma revolução no Norte do País.”