DUAS SEMANAS

Greve dos bancários é a de maior adesão nos últimos 20 anos

Nesta segunda-feira (10), os bancários de todo Brasil chegam ao 14º de greve, ainda sem resposta por parte da Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Em todo o Paraná, subiu para 696 o número de agências sem atendimento – dez a mais que na sexta-feira – e 16,4 mil trabalhadores estão de braços cruzados, de acordo com a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR). Apenas em Curitiba e região metropolitana, os bancários contabilizam 300 agências fechadas, sete a mais do que na sexta-feira.

A greve da categoria já é considerada a maior nos últimos 20 anos, superando o pico de 2010, quando os bancários pararam 8.951 agências e centros administrativos em todo País. Nesta terça, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), se reúne em São Paulo, para avaliar a greve e decidir se a paralisação será ou não ampliada.

A culpa da greve, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, é dos bancos, que mesmo com um lucro altíssimo (R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre), se recusam a negociar com o Comando Nacional e apresentar uma proposta.

A paralisação teve início no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban, o que significa apenas 0,56% de aumento real.

Os grevistas reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.