A Grécia e o grupo de credores do último resgate ao pais chegaram a um acordo hoje sobre os cortes no Orçamento e as medidas de austeridade que devem ser aplicadas no país.
O pacto o governo grego e a chamada troika -composta por União Europeia, BCE (Banco Central Europeu) e FMI (Fundo Monetário Internacional)- foi anunciado pelo ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, após dois meses de negociações.
Sturnaras afirmou que o governo apresentará o pacote ao Parlamento grego na próxima semana para sua tramitação por via urgente.
Os cortes no Orçamento foram aprovados após dois meses de negociações, em meio a exigências dos credores e pressão popular contrária às medidas.
No período, os credores internacionais ameaçaram não continuar fornecendo recursos do resgate concedido em fevereiro, de Ç 130 bilhões. Até o momento, Atenas recebeu apenas a primeira parcela, de Ç 31 bilhões.
Reforma trabalhista
O fechamento foi anunciado após a troika retirar sua exigência sobre a flexibilização do mercado de trabalho, ponto mais polêmico e que colocou o acordo em risco.
Entre as medidas exigidas pelos credores se destacam a ampliação da semana trabalhista para seis dias e a diminuição das indenizações por demissão e do aviso prévio.
A exigência de medidas de flexibilização trabalhista não era aprovada pela coalizão do governo do premiê Antonis Samaras. Os parlamentares de partidos de esquerda que compõem o gabinete ameaçavam vetar o acordo caso as regras fossem incluídas.