O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) teve um superávit primário (receita menos despesas, excluídos os juros) de R$ 5,533 bilhões em junho, valor 48,5% maior que o registrado em maio, de R$ 3,724 bilhões. No ano, entre janeiro e junho, o saldo acumulado é de R$ 34,179 bilhões, contra R$ 29,289 bilhões acumulados no mesmo período do ano passado.
O saldo de R$ 5,5 bilhões do mês é resultado do superávit de R$ 7,1 bilhões registrado pelo Tesouro Nacional, descontados os déficits de R$ 1,6 bilhão da Previdência Social e de R$ 27 milhões do Banco Central. O saldo acumulado no ano, de acordo com nota do Tesouro Nacional, equivale a 4,26% do PIB (Produto Interno Bruto) estimado para o período.
O Tesouro informou ainda que o superávit do governo no primeiro semestre de 2004 foi fortemente influenciado pelo aumento da arrecadação. Parte desse aumento constituiu-se da antecipação de tributos e, portanto, não deverão refletir no resultado nos próximos meses.
De acordo com o Tesouro, o resultado de junho cresceu, a despeito das restituições de tributos federais feita no mês, em R$ 2,4 bilhões, o maior volume verificado dentro de um único mês desde 1997. Esse valor, de acordo com o Tesouro, corresponde a cerca de 0,15% do PIB.