Governo supera meta de superávit primário

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) já cumpriu a sua meta para o ano da economia para o pagamento de juros. Isso foi alcançado devido ao aumento da arrecadação. Entre janeiro e julho, o superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os juros) foi de R$ 44,948 bilhões, um crescimento de 19,8% na comparação com o mesmo período do ano passado e equivalente a 4,10% do PIB (Produto Interno Bruto) estimado para o período.

Essa economia representa 103,1% do que estava previsto para todo o ano, que é de R$ 43,6 bilhões (2,38% do PIB). No início do ano, a meta era de R$ 46,955 bilhões. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, o valor foi alterado por conta da redução para baixo da previsão do PIB nominal.

?O crescimento econômico e o bom desempenho das empresas, especialmente em alguns segmentos da indústria e do setor de serviços, têm se traduzido em aumento firme do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)?, diz o relatório do Tesouro, divulgado ontem.

O resultado dos primeiros sete meses do ano leva em conta os resultados positivos do Tesouro, que teve um superávit de R$ 64,121 bilhões, e do Banco Central, com R$ 2,9 milhões. Já a Previdência Social teve um déficit de R$ 19,176 bilhões.

Nos primeiros seis meses do ano, as despesas do governo central cresceram 16,4%. As receitas tiveram um crescimento menor, de 13,4%.

No mês passado, o superávit do governo central foi de R$ 5,081 bilhões, uma queda de 17,2% sobre o registrado em junho (R$ 6,139 bilhões). O superávit do Tesouro foi de R$ 8,182 bilhões. O BC teve um déficit de 13,8 milhões e o da Previdência foi de R$ 3,086 bilhões.

Superávit

Para o ano todo, a meta de superávit do setor público consolidado – governo central, Estados, municípios e estatais – é de 4,25% do PIB (R$ 83,849 bilhões). O governo central é responsável por 2,38 pontos percentuais desse resultado. O superávit primário, na prática, é o dinheiro que o governo economiza para conseguir pagar os juros da dívida pública.

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