GM vai investir US$ 500 milhões no Brasil e na Argentina

O chairman e presidente da General Motors, Rick Wagoner, anunciou nesta quarta-feira (18) investimento de US$ 500 milhões nas operações da companhia no Brasil e na Argentina. Os recursos serão usados no desenvolvimento de uma nova família de veículos pequenos, que serão destinados para os mercados emergentes.

Do total a ser investido, US$ 100 milhões serão destinados à expansão do centro tecnológico da montadora no País, que fica na cidade de São Caetano do Sul, região do ABC paulista. Os demais US$ 400 milhões serão investidos igualmente nas fábricas do Brasil e da Argentina.

Em entrevista coletiva à imprensa na sede da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, Wagoner, que veio ao Brasil exclusivamente para o anúncio, estimou um prazo entre dois e três anos para o desenvolvimento da nova família de veículos, sobre a qual evitou dar mais detalhes alegando razões estratégicas. O lançamento dos novos carros está previsto para a próxima década. Segundo o executivo, a plataforma de produção será bastante competitiva em termos de custo.

A GM deverá contratar novos engenheiros para atuar no novo centro de tecnologia. "Trata-se de um investimento histórico em pesquisa e desenvolvimento", afirmou o presidente da montadora para o Brasil e Mercosul, Ray Young. Segundo o executivo, a empresa encerrou o ano passado com 2 mil pessoas envolvidas no desenvolvimento de produtos, número que deve ser elevado para 2 8 mil no final do ano que vem.

Young revelou ter ficado surpreso com o crescimento do mercado brasileiro de automóveis no primeiro semestre deste ano. A montadora registrou expansão de 18% nas vendas no País, resultado inferior ao mercado, que apresentou crescimento de 25%. O executivo justificou o desempenho a um problema de falta de insumos que a empresa teve no período. Young afirmou que está nos planos da GM recuperar o espaço perdido, mas a estratégia não inclui a criação de um turno de trabalho adicional. "Pretendemos aumentar a eficiência das fábricas e reduzir os gargalos", afirmou.

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