Rio – A Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicará aos sindicatos da categoria a aceitação da nova proposta salarial da Petrobras. O índice de reajuste oferecido é de 12,1% para funcionários da ativa (sendo reajuste de 7,8% mais a elevação de um nível nos cargos dos trabalhadores que equivale aos 12,1%) e de 7,8%, para aposentados e não foi alterado em relação à proposta anterior da estatal, mas a empresa ofereceu novos benefícios, que fizeram a FUP recomendar o acordo com a empresa. Inicialmente, os petroleiros pediam 13,2% de reajuste para aposentados e funcionários da ativa.
“Nem todas as correntes políticas da FUP ficaram satisfeitas com a proposta, mas a maioria da direção da federação ficou. Então acredito que não haverá problemas na aprovação do acordo”, afirmou José Genivaldo da Silva, diretor financeiro da FUP.
Os benefícios oferecidos aos funcionários da ativa são a gratificação por tempo de serviço (anuênio) aos contratados a partir de 1997 e o adicional de férias de dois terços do salário. Até agora só os funcionários contratados até 1997 tinham esses benefícios.
Aos aposentados, a estatal ofereceu um bônus de três salários a quem não tinha optado pelo plano Petros Vida. O plano ofereceu há três anos uma bonificação de 2,7 salários aos aposentados que aceitassem migrar para um sistema em que os reajustes fossem deslocados dos ganhos salariais dos trabalhadores da ativa. Alguns aposentados receberam a bonificação da Petros, mas o novo sistema foi barrado na Justiça. Pela nova proposta, a Petrobras oferece o bônus como uma compensação até que seja criado um novo plano para aposentados. O sindicalista acredita que as votações nas assembléias deverão terminar até 9 de novembro.