Fundos registraram resgate líquido de R$ 2,1 bi em julho

Os fundos de investimentos registraram resgate de R$ 2,1 bilhões em julho, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antecipou, o resultado foi influenciado pelas saídas de R$ 8,5 bilhões na categoria renda fixa e de R$ 3,9 bilhões na de curto prazo, bem como pelos resgates nas categorias Fidc (-R$ 3,8 bilhões), ações (-R$ 2,3 bilhões) e previdência (-R$1,1 bilhão).

No acumulado do ano, a captação líquida dos fundos chega a R$ 100 bilhões, volume recorde para o período.

Na contramão, os fundos referenciados DI, que aplicam apenas em papéis do governo, captaram R$ 15 bilhões. Conforme o Broadcast já havia antecipado, a tendência é que a categoria volte ao radar dos investidores nos próximos meses por conta do ciclo de alta da taxa Selic e da insegurança dos investidores em relação a produtos mais sofisticados e arriscados.

Os fundos multimercados, que investem em ações, dólar e derivativos, captaram R$ 1,6 bilhão no período. No quesito retorno, dentre as modalidades existentes nesta família, o destaque foi o segmento “estratégia específica”, conforme o Broadcast antecipou, com ganho de 1,28%.

CAPTAÇÕES COM RENDA FIXA – As captações realizadas em julho voltam a se concentrar no mercado de renda fixa, segmento em que foram levantados R$ 5,519 bilhões, entretanto, um volume 24% inferior ao registrado em junho, informou o boletim mensal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Nas captações domésticas de renda fixa, as emissões de debêntures responderam por 60,6% do total, somando R$ 3,345 bilhões. As colocações com esforços restritos responderam por 60% do volume total, enquanto as ofertas de debêntures ICVM 400, direcionadas ao público em geral, foram retomadas após dois meses sem emissões desse tipo, informa a Anbima. Este movimento contribuiu para elevar o prazo médio das captações com o ativo em 2013 para 6,3 anos, melhor média obtida desde 2008.

No acumulado do ano, as captações em renda fixa caíram 16,4% para R$ 53,508 bilhões, sendo 81,1% concentradas em operações com esforços restritos de colocação.

As captações externas de renda fixa voltaram em julho, após o mercado ficar sem operações em junho. Em julho, o total captado no exterior somou R$ 915 milhões, elevando para R$ 26,089 bilhões o acumulado do ano. O montante emitido em renda fixa no exterior até julho é 17% inferior ao acumulado entre janeiro de julho de 2012, quando foram captados R$ 31,420 bilhões no exterior.