Expansão da cana será proibida em 81,5% do território

A proposta do governo sobre o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar proíbe a construção de novas usinas e a expansão da produção de cana em 81,5% do território nacional. A informação é da Presidência da República, em nota divulgada hoje, que foi antecipada nesta semana pela Agência Estado. Esse porcentual representa qualquer área de vegetação nativa, Amazônia, Pantanal, Bacia do Alto Paraguai, unidades de conservação e terras indígenas. Essas áreas proibitivas, somadas àquelas não indicadas ao plantio da cana, alcançam 92% de todo o território.

De acordo com as proibições previstas no zoneamento agroecológico de cana, estarão aptos ao plantio dessa cultura 64 milhões de hectares. Hoje, a área cultivada é de 8,89 milhões de hectares, o que representa cerca de 1% do território nacional. De acordo com a nota, o zoneamento tornará a produção de etanol mais eficiente e melhorará o benefício ambiental da utilização do biocombustível, produzido a partir da cana-de-açúcar. Além do projeto de lei que será enviado ao Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará decreto instituindo o zoneamento agroecológico de cana e orientando o Conselho Monetário Nacional (CMN) a estabelecer novas condições para o crédito rural e agroindustrial.

Voltar ao topo