EUA podem financiar projetos no pré-sal, diz ministério

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, disse hoje que o Eximbank, banco de fomento do governo dos Estados Unidos, tem interesse em financiar investimentos na produção petrolífera da camada pré-sal e também no projeto de novas usinas hidrelétricas no Brasil. Segundo ele, esse foi um dos assuntos da reunião realizada hoje entre ele, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, com o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, James Jones.

Zimmermann disse que a oferta de financiamento já havia sido feita semanas atrás, quando Lobão esteve em Washington. “A Petrobras seria um dos beneficiários desses recursos, assim como ela já conseguiu US$ 10 bilhões da China”, disse Zimmermann. O secretário afirmou ainda que um dos projetos que poderia receber recursos do banco de fomento norte-americano seria o do futuro complexo hidrelétrico do Rio Tapajós, que ainda está em fase de estudos e inventário. A expectativa é de, que nesse complexo de cinco usinas, sejam investidos de US$ 9 bilhões a US$ 15 bilhões.

Zimmermann afirmou que, no encontro com Jones, não foram discutidos detalhes sobre o marco regulatório do pré-sal. Também não foi abordada a questão da taxação norte-americana sobre o etanol brasileiro.

Na conversa, foi ressaltada a atuação da Petrobras em território norte-americano. “A Petrobras já tem uma refinaria nos Estados Unidos e a concessão para explorar mais 200 blocos no Golfo do México”, afirmou. Segundo o secretário, o poço mais profundo já prospectado pela Petrobras está no Golfo do México a 8.250 metros de profundidade. Segundo ele, isso é mais do que o pré-sal, já que a profundidade de Tupi é de 7.210 metros.