Estiagem trará quebra à safra de cana

A falta de chuvas por longos períodos, a partir de outubro do ano passado, prejudicou o desenvolvimento das lavouras de cana-de-açúcar em várias regiões do Estado. Por causa disso, a Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), sediada em Maringá, informa que as usinas que normalmente começariam a operação de colheita em março, terão que protelar o trabalho por cerca de 30 dias.

Um levantamento preliminar indica redução de 5 a 6% na produção das lavouras. Embora os índices não sejam definitivos, as perdas são irreversíveis nos canaviais afetados pela estiagem. Enquanto em algumas regiões choveu bem, em outras registrou-se déficit hídrico em um momento crucial na fase de desenvolvimento dos canaviais.

Se a redução se confirmar, o crescimento da produção de cana que estava previsto em 5% na safra estadual 2004/05, sobre o ano anterior, ficará neutralizado. No ciclo 2003/04 as 27 usinas e destilarias paranaenses colheram 28,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com produção de 1,2 bilhão de litros de álcool e 1,8 milhão de toneladas de açúcar.

A entidade está concluindo os levantamentos junto às indústrias do setor, o que deverá acontecer somente nas próximas semanas. De qualquer forma, a irregularidade do clima já causou, como efeito imediato, o atraso no início dos trabalhos de corte da cana, que deverão intensificar-se apenas na segunda quinzena de abril.

O setor propicia 70 mil postos de trabalho e os canaviais ocupam 324 mil hectares no Estado, o que significa 2,1% das terras agricultáveis, distribuídos em 136 municípios.

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