Está proibido coletar e vender pinhão

Está proibida, até o dia 30 deste mês, a coleta e comercialização de pinhão em todo o Paraná. A portaria, que adia em 15 dias o início das atividades, não está agradando aos pequenos agricultores. O presidente da Associação dos Produtores Rurais de Rio Branco do Sul, Divonzir Stresser, explica que a espera se traduz em prejuízo. Muitas sementes vão acabar estragando.

Até o ano passado, a coleta e comercialização do pinhão era liberada na metade do mês de abril. Mas este ano, o IAP quis garantir um prazo maior para que as sementes caiam no solo e germinem. No entanto, a medida vai trazer prejuízo para quem depende da atividade. Cerca de 100 famílias de Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Castro reforçam o orçamento com a coleta do pinhão nesta época do ano. ?Muitas pinhas já estão maduras e até que a coleta seja liberada vão carunchar?, reclama Divonzir.

No ano passado, eles chegaram a coletar 25 toneladas de pinhão. A maior parte foi vendida na Feira do Pinhão, em Curitiba. O preço médio era de R$ 2,00 o quilo e a renda mensal para cada família girava em torno de R$ 700,00. Este ano vai ficar abaixo disto.

Para garantir que o pinhão não seja coletado antes do tempo determinado, o IAP e a Polícia Florestal vão intensificar as blitze neste período. Vão ser visitados estabelecimentos comerciais e serão fiscalizados o transporte e a venda à beira das estradas. As sementes apreendidas vão ser destinadas à produção de mudas. Quem desobedecer a portaria e for flagrado com o produto vai pagar multa. Elas variam entre R$ 100 e R$ 500, para cada quilo ou saco de 60 quilos apreendido. Além disso, também estão proibidos o comércio e o transporte de pinhões vindos de outros estados.

Outra medida adotada pelo IAP, na mesma portaria, aumenta o período em que o corte da árvores com pinha é proibido. Quem tem autorização para a derrubada, não deve fazê-la entre os meses de abril e julho (quando ocorre o desprendimento das sementes). Antes, a restrição valia só até o mês de junho.

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, explica que as mudanças foram implantadas para proteger as sementes de pinhão. Segundo ele, dificilmente se observam pinheiros em crescimento no Estado.

Voltar ao topo