Empresas ?descobrem? o filão da internet

Seguindo a tendência internacional e, mais recentemente, a nacional, aos poucos Curitiba se lança no mercado ?on-line?. Pequenas e médias empresas, que ainda não comercializavam ou não se ?mostravam? na Internet, hoje já o fazem e garantem que isso agregou valor ao negócio. Dados nacionais confirmam que esse é um investimento que pode valer a pena.

De acordo com o último boletim divulgado pela e-bit, empresa de pesquisa, consultoria e marketing, especializada em negócios e comércio via Internet, no primeiro semestre de 2006 foi registrado um crescimento nominal de 79% no faturamento do e-commerce (comércio on-line) no Brasil, em relação a 2005. Isso representa um total de R$ 1,75 bilhões em vendas. Entre outros motivos, toda essa alta, segundo a empresa, se deve ao aumento no número de consumidores pela Internet – 5,75 milhões, 10% dos usuários da rede. A previsão da e-bit é que no fechamento de 2006, o faturamento passe dos R$ 3,9 milhões.

Há quase dez anos no mercado, em Curitiba, a empresa Uau Brinquedos há dois anos resolveu inovar. Além de disponibilizar um produto novo -quebra-cabeças personalizados -, disponibilizou a venda pela Internet e alcança consumidores de todo o País. ?Os clientes começaram a pedir que fizéssemos quebra-cabeças com fotos particulares. Na hora achamos difícil, mas estudando a proposta vimos que seria viável. Para isso deveríamos investir na estrutura: em site, entrega, recibos. Foi o que fizemos. Criamos toda uma estrutura à parte da produção. No começo é difícil, tudo deve ser bem-estudado, pois a exigência do cliente no comércio on-line é grande, mas compensa. Pretendemos continuar com essa linha, o público sempre quer mais?, explica um dos sócios, Rafael Zanetti.

Segundo Zanetti, alguns dos pontos positivos da venda on-line é o contato direto com o consumidor e o feedback e troca de informações mais rápidas. E, completa o outro sócio, Rodrigo Loss, outra vantagem é o fato de não ter horário de funcionamento e dispensar a presença na empresa. ?Estou em casa, fora do expediente e estamos recebendo os pedidos. Com certeza nosso faturamento aumentou. Sempre digo que poderíamos ter pensado nessa opção antes?, afirma Loss.

Solução

Para atrair pequenas e médias empresas, que ainda não conhecem o funcionamento e as vantagens de estar na Internet, a empresa Ziggysite trabalha com um serviço exclusivo no Brasil. Como explica o publicitário e sócio da empresa, Marcelo Leme, eles desenvolveram um software pelo qual a pessoa, o empresário, monta o próprio site, sem que tenha conhecimento em sistemas ou design. ?Oferecemos uma ferramenta que acaba sendo a solução de marketing para diversas empresas. A maioria de nossos clientes é de pequenas empresas, que antes não conheciam e não sabiam quanto valor um site agrega ao negócio?, explica. Com cinco anos de atuação a empresa mantém mais de dez mil clientes no Brasil e outros países. Somente em Curitiba, segundo Leme, são 200 empresas que atualmente estão on-line, pelo sistema da Ziggysite.

?Essa é a tendência. No Brasil a Internet ainda está engatinhando e ainda vai crescer muito. Toda empresa deveria estar na Internet, pois com isso conquista visibilidade, disponibiliza informação ao cliente e ainda passa credibilidade e modernidade?, conclui o publicitário.

Voltar ao topo