Empresários cobram investimentos

Lideranças do setor de infra-estrutura do Paraná cobraram ontem do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, investimentos para a retomada do crescimento econômico. O encontro, na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), em Curitiba, teve a presença do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, e o presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Anear), José Alberto Pereira Ribeiro.

O objetivo do encontro foi debater com o ministros os principais pontos de um estudo encomendado pela União Nacional da Construção à Fundação Getúlio Vargas. ?O estudo é a base de um projeto para a retomada do crescimento do Brasil, que deve começar pela infra-estrutura. Nos anos 70s, quando esta área recebeu atenção do governo federal, crescemos na proporção da atual China?, diz o presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck. No estudo, a previsão de investimentos que teriam de ser feitos para que o crescimento fosse retomado chega aos R$ 50 bilhões. ?Parte destes recursos, para saneamento e habitação, já existe. Para que a iniciativa privada também invista, é necessária a redução da taxa de juros?.

Para Paulo Safady Simão, do Cbic, a intenção do setor é retomar o crescimento, já que entre os anos 50 e 80 o Brasil chegou a um índice de crescimento econômico de 7,3%, em um período de altos investimentos em rodovias e hidrelétricas. ?Se já chegamos a estes índices, temos condições de voltarmos a ser grandes, melhorando conseqüentemente o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e a renda per capita do Brasil. Não dá para aceitar um crescimento de apenas 2,5%. Pior ainda para a construção civil, que nos últimos 20 anos cresceu apenas 1%?. Com o novo plano, os empresários têm a expectativa de geração de pelo menos 1,5 milhão de novos empregos, a partir de um investimento em quatro anos de R$ 206 bilhões no setor de infra-estrutura.

O ministro amenizou os números, dizendo que no último ano o setor da construção cresceu, com injeção significativa de capital da Caixa Econômica Federal e a redução de impostos para as incorporações imobiliárias. Ele fez questão de também destacar o plano de investimentos na malha viária, com aplicação de R$ 7 bilhões. ?A tendência aponta para o crescimento e o estudo da FGV pode ser importante para o planejamento futuro. Não dá para assumir todo o planejamento, mas alguns pontos são interessantes e podem ser usados no trabalho de retomada do crescimento?, disse.

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