O número de trabalhadores ocupados nas indústrias do Paraná aumentou 4,83% em setembro, na comparação com igual mês do ano passado – a maior taxa entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento do emprego na indústria paranaense foi impulsionado principalmente pelo setor de transportes, que registrou expansão de 32,52%. Em nível nacional, o emprego industrial cresceu 2,8% em setembro, maior resultado desde os 3,2% de abril de 2005.
Além do setor de transportes, outros ramos que ampliaram o número de trabalhadores no Paraná em setembro foram minerais não-metálicos, com crescimento de 12,78%, produtos químicos (12,61%) e máquinas e equipamentos (12,01%). Dos 18 segmentos pesquisados, apenas cinco registraram queda no número de empregos, com destaque para a indústria têxtil, com queda de 5,7%, madeira (-4,2%) e fumo (-1,3%).
Em nível nacional, os ramos com as maiores contribuições positivas foram alimentos e bebidas (4,2%), meios de transporte (10,5%) e máquinas e equipamentos (9,6%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,3%) e madeira (-6,0%) exerceram as principais pressões negativas.
Com o resultado de setembro, a indústria do Paraná acumula crescimento de 2,6% no número de empregos no ano – acima da média nacional, que ficou em 1,7% – e de 1,7% nos últimos 12 meses.
Horas pagas
A Pesquisa Industrial Mensal aponta ainda que o número de horas pagas aos trabalhadores do setor também aumentou no Paraná. Em setembro, o crescimento no Estado foi de 3,10%, em relação a setembro de 2006, contra crescimento nacional de 1,39%.
Em Santa Catarina, o aumento no número de horas pagas aos trabalhadores da indústria foi de 1,5% e, no Rio Grande do Sul, houve retração no índice: 0,85% menos de horas pagas do que no mesmo mês de 2006.
Folha de pagamento
Em relação à folha de pagamento, o avanço de 5,54% no Paraná em setembro ficou abaixo da média nacional, de 6%. Entre os setores que aumentaram a folha de pagamento real, destaque para indústria automotiva, com avanço de 26,38%, seguido pelo setor de máquinas e equipamentos (13,48%). Dos 18 ramos pesquisados, apenas três registraram queda na folha: indústria da madeira, com redução de quase 18%, borracha e plástico (-10%) e papel e gráfica (-0,5%).
No acumulado do ano, a folha de pagamento na indústria do Paraná cresceu 3,52% e, nos últimos 12 meses, 2,48%. O desempenho ficou abaixo do nacional, que foi de 5% e 4,2%, respectivamente.
Além dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a pesquisa acompanha os indicadores de ocupação e salário na indústria dos estados de Pernambuco, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, além do acumulado nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.