IBGE

Emprego industrial cresce 2,4% no Estado

O emprego na indústria do Paraná segue em taxas positivas, mas bem aquém da média do País. Pela Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) de outubro, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado cresceu 2,4% na comparação com outubro de 2009.

Já o País apresentou alta de 4,2% no número de postos de trabalho gerado para o mesmo período. No ano a diferença fica ainda mais acentuada, pois o Paraná acumula uma alta de 1% contra 3,4% do índice nacional para os primeiros dez meses do ano.

Esse desempenho modesto na comparação com os dados nacionais está sendo atribuído ao setor de refino de petróleo e álcool que reduziu em 21,02% o número de postos de trabalho.

“Isso está relacionado integralmente ao álcool, já que no Paraná o refino de petróleo se restringe a Repar, que está em expansão. A produção de álcool, por sua vez, abrange vários municípios e está passando por um intenso processo de mecanização da colheita de cana-de-açúcar. Como a produção está intrinsecamente ligada, muitos cortadores de cana estavam vinculados às usinas que têm realizado uma dispensa bem significativa de funcionários com essa mudança no modo da colheita”, explica o pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Fernando de Lima.

Tal alteração também esclarece os dados referentes a evolução da folha de pagamentos do Estado que acumula 9,3% de alta no ano, enquanto o Brasil exibe 6,8% de aumento.

“Dá para afirmar que o emprego no Paraná cresce menos, mas com mais qualidade e renda. A mecanização da colheita de cana gerou demissão de muitos cortadores, mas criou vagas para tratoristas, ou seja, mão-de-obra mais qualificada e com melhor ganhos salariais”, aponta Lima.

Outro setor que emprega muito e pressionou os números de pessoas ocupadas assalariadas no Paraná, foi o setor de vestuário, com queda de 7,1%. “A concorrência com os produtos importados e o câmbio nos atuais patamares levaram as indústrias a demitirem muito no Paraná”, afirma o economista do IBGE, Fernando Abritta.

Desempenho

Em outubro deste ano, 13 das 18 atividades analisadas pelo IBGE no Brasil tiveram alta no emprego industrial, na comparação com o mesmo mês de 2009. Os destaques setoriais ficaram com máquinas e equipamentos (10,7%), meios de transporte (9,7%), produtos de metal (10,2%), borracha e plástico (10,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,2%).

Mas o IBGE também identificou quedas significativas na indústria de papel e gráfica (-5,5%), vestuário (-2,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-6,6%).

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