Emprego industrial caiu 1,3% no semestre

O emprego industrial teve queda de 1,3% no primeiro semestre de 2003, segundo dados da pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em junho, houve uma queda de 0,1% no nível de emprego da indústria. Essa é a quinta redução consecutiva. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a redução do nível de emprego foi de 0,6% em junho. Segundo o IBGE, a redução deveu-se à retração observada na produção física.

Na comparação do trimestre com igual período do ano anterior, houve expansão de 0,7% no primeiro trimestre e recuo de 0,6% no segundo.

As maiores quedas no nível de emprego no país foram registradas nos seguintes setores: indústria de transformação (-8,6%), minerais não-metálicos (-7,5%), papel e gráfica (-4,4%). Os dados fazem parte de pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No país, as demissões superaram as admissões em oito ramos. Só dois registraram aumento do nível de emprego: máquinas e equipamentos, excluindo eletroeletrônicos (+ 7,1%) e alimentos e bebidas (+2,1%).

As maiores quedas regionais foram registradas nos seguintes Estados: Minas Gerais (-2,3%) e São Paulo, (-1,5%). Só obtiveram índices positivos o Paraná (+4,8%) e o bloco formado pelos Estados norte e centro-oeste (+3,9%).

Renda em queda

A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria brasileira também registrou queda, de 4,6%, na comparação entre junho deste ano e junho de 2002. Segundo dados do IBGE, observando os resultados desde o início do ano, a queda é de 6,4%.

Em São Paulo, na comparação entre os meses de junho de 2003 e 2002, a redução foi puxada pelo setor de papel e gráfica. A queda foi de 17,2%.

Dos 18 setores pesquisados, apenas dois tiveram ganhos reais. O setores de borracha e plástico (+0,6%) e de refino de petróleo e produção de álcool (+1,1%). As maiores quedas na folha de pagamento foram registradas no setores de fumo (-21,9%) e minerais não-metálicos (-18,3%).

Segundo o IBGE, a queda da folha de pagamento aconteceu em 13 das 14 regiões pesquisadas. Em São Paulo, a redução foi de 7,1% desde o início do ano.

A única região que teve ganho real é formada pelos Estados das regiões norte e centro-oeste ? alta de 1,6%.

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