Rio
– Atordoados com os problemas de negociação no mercado interno, os varejistas não querem nem ouvir falar, por enquanto, de compras de importados para o Natal. Os acertos iniciados tradicionalmente em agosto estão sendo adiados para setembro. E se for mantida a gangorra perigosa do câmbio, as empresas planejam cortar de 20% a 30% a oferta de produtos estrangeiros para o Natal.Considerando os cortes drásticos feitos em 2001, o consumidor deve se preparar para levar presentes do mercado nacional este ano. No caso dos brinquedos, a redução já chegou a 50% em algumas redes, como o Carrefour. Nas lojas de eletrodomésticos, a oferta de importados já é hoje bem restrita, segundo Marize Araújo, diretora do Ponto Frio.
Os supermercados só devem fechar negócios no próximo mês. O diretor executivo da Rede Economia, Ronaldo Teixeira, admite que o cenário atual não estimula a compra de grandes estoques. A oferta de bacalhau, azeites e frutas secas deve ser 30% menor no Natal deste ano, previu ele.