Dólar fecha a R$ 3,125

O dólar terminou a semana “caindo no vazio”, em uma sexta-feira com pouquíssimos negócios, a R$ 3,125 para venda e R$ 3,115 para compra. Embora tenha recuado 2,64% no dia, o saldo na semana é um avanço de 3,47%. O risco-país brasileiro cai 5,32% para 2.061 pontos -o quarto maior do mundo, só perdendo para Argentina, Nigéria e Uruguai, nesta ordem. As cotações podem sofrer ajustes até as 17h, quando se encerram os negócios no pregão eletrônico.

O dólar já abriu em baixa nesta sexta-feira, e logo pela manhã o mercado foi invadido por rumores sobre os resultados de uma nova rodada de pesquisas eleitorais.

Segundo os rumores, um levantamento a ser divulgado neste fim de semana mostraria a queda de 12 para cinco pontos percentuais da diferença entre o candidato da Frente Trabalhista e segundo colocado, Ciro Gomes, e o governista José Serra, considerado o preferido do mercado por defender a atual política econômica, que está em terceiro lugar. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteria a primeira posição.

O rumor foi suficiente para animar o mercado, que teme que a vitória de um candidato de oposição decorra na ruptura da atual política econômica e leve o país a perder o respaldo financeiro de organismos internacionais. Durante a tarde, a divulgação do resultado de uma operação, promovida pelo Banco Central, para reduzir os prazos dos títulos públicos e revigorar os fundos de investimentos também foi bem recebido.

O BC conseguiu trocar R$ 9,5 bilhões, de um total de R$ 13 bilhões ofertados, de títulos pós-fixaods que vencem entre 2004 e 2006 por papéis do mesmo tipo que vencem no próximo semestre e não estão sujeitos à marcação a mercado.

Outro fator positivo é a expectativa de que o BC abra, já na semana que vem, as linhas de financiamento para empresas exportadoras prometidas pelo ministro Sergio Amaral nesta semana. A dificuldade das empresas que precisam financiar exportações ou pagar dívidas é, nas últimas semanas, a maior responsável pela trajetória de ascensão do dólar.

Ontem, ontem, várias empresas exportadoras e endividadas desistiram de esperar por um dólar mais barato e acabaram fechando negócios, pressionando a cotação. (Correio Web/FolhaNews)

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