A taxa de câmbio abriu em alta de 0,42%, com o dólar à vista negociado a R$ 1,908 no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A elevação é atribuída ao clima externo, com a queda de 8,3% do índice Xangai Composto da Bolsa de China, a alta do petróleo em Londres e a inflação no atacado na Europa acima do esperado em abril. Além disso, o Banco Central brasileiro comprou cerca de US$ 2,5 bilhões na sexta-feira passada, segundo cálculos dos especialistas.
Mas, depois dos dados mostrando o bom desempenho da economia dos EUA na sexta-feira, o pessimismo não deve ganhar corpo no exterior e tende a ser contido também por aqui. Um dos balizadores importantes para o desempenho do mercado depois da abertura será o fluxo de recursos. Na sexta-feira, uma entrada forte de recursos, atribuída à Arcelor Mittal, foi o principal motivo do recuo das cotações do dólar. O mercado avalia a operação de sexta-feira em cerca de US$ 1 bilhão e calcula que o total dela seria de US$ 3 bilhões.
O ministro Guido Mantega (Fazenda), por sua vez, referindo-se à mesma operação de entrada da Arcelor Mittal, falou em US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões, mas deu a entender que parte disso já estaria no Brasil. A questão então é: quanto disso falta entrar no País? O mercado ficará de olho.