Dnit-PR anuncia trecho paranaense da BR-101

O Departamento de Infra-Estrutura de Transportes do Paraná (Dnit-PR) apresentou ontem, durante café-da-manhã do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Setcepar), o projeto para construção do trecho paranaense da BR-101 – também conhecida como Rodovia Translitorânea. Este trecho, que vem sendo reivindicado pelo Setcepar e pelo setor de transportes há mais de vinte anos, irá ligar a BRç116 – nas proximidades da Variante do Alpino, no PR, a 23 km da divisa com SP – com Antonina (PR); e de Antonina a Garuva (SC), divisa PR/SC, passando em um trecho pela BR-277 e pela Rodovia Alexandra-Matinhos.

A BR-101 no Paraná deverá suprir a necessidade de acesso mais curto e rápido aos Portos de Paranaguá e Antonina e impulsionar a construção do futuro Porto do Mercosul, que será localizado em Pontal do Paraná.

De acordo com o engenheiro do Dnit-PR, Émerson Cooper Coelho, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes autorizou em agosto passado o início dos estudos visando à implantação da BR-101 no Paraná. ?Estamos na fase de elaboração do EVTEA Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental?, disse o engenheiro.

Segundo Émerson Coelho, o trecho da BR-101 no Paraná, pelos atuais estudos, teria aproximadamente 170 km (incluindo os 30 km de acesso ao futuro porto em Pontal do Paraná). Também de acordo com o estudo, a redução no trecho entre a divisa Paraná/Santa Catarina a Antonina seria de 53 km, e entre o trecho da Variante do Alpino a Antonina seria de 80 km, comparando com os acessos atuais, via BRs 277 ou 376. ?O grande benefício será o acesso melhor e mais rápido aos portos?, afirma.

Os estudos do Dnit-PR prevêem a realização de uma grande obra na nova rodovia: uma ponte rodoferroviária, de 1400 metros, sobre o Rio Nhundiaquara.

?A economia nos custos do transporte será muito significativa. A BR-101 no Paraná será uma rodovia pública sem pedágios, beneficiando não só transportadores, mas também todos os usuários de estradas. Além disso, as BRs 277 e 376 ficarão desafogadas de tráfego pesado?, disse o presidente do Setcepar, Fernando Klein Nunes.

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