Dilma: País deve crescer para inflação ser controlada

A presidente Dilma Rousseff disse hoje que é preciso que o País continue crescendo e mantenha a inflação sob controle. “É preciso que o País faça a consolidação fiscal e controle a inflação. A inflação controlada, no médio e longo prazo permitirá que o País cresça. Mas nós temos de garantir que, para que essa inflação seja efetivamente controlada, no médio e no longo prazo nosso País cresça”, destacou, durante o discurso de instalação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, no Palácio do Planalto. Segundo ela, os aspectos macroeconômicos precisam privilegiar o crescimento e a expansão da taxa de investimento.

Dilma afirmou ainda que o Brasil precisa encontrar seu modelo de gestão para o crescimento sustentável e o desenvolvimento econômico. Segundo ela, a criação da câmara ocorre em um dos momentos fundamentais de definição de seu governo. Segundo ela, o País entrou em uma trilha de desenvolvimento com inclusão social e de crescimento econômico com estabilidade monetária e fiscal.

Segundo Dilma, nenhum país será rico de fato sem enfrentar a miséria, mas também não houve avanço econômico nos países que não enfrentaram o desafio de transformar o Estado de forma adequada ao crescimento e ao desenvolvimento.

Dilma citou movimentos históricos ocorridos na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Alemanha, no Japão e, mais recentemente, na China, buscando as precondições para dar um salto no crescimento sustentável. Segundo a presidente, muito já foi feito no Brasil, mas é preciso ir além.

Para ela, é preciso ter um Estado meritocrático, que a relação entre o público e o privado não seja oposta e que o Estado, as empresas, os trabalhadores e a sociedade tenham clareza em seus objetivos.

Parcerias

A presidente Dilma Rousseff afirmou ainda que a saída para concretizar os ganhos de competitividade sistêmica, que levem à melhoria conjunta da gestão dos serviços de saúde, educação e segurança, é a “parceria entre o setor público e o privado”. Na solenidade, a presidente frisou que sem a atuação conjunta e em sintonia dos segmentos público e privado fica mais difícil percorrer o caminho que levará ao crescimento e ao desenvolvimento do País.

Dilma afirmou que é preciso conviver com o desafio de combater a miséria e, ao mesmo tempo, transformar o País – e que, assim, inovação e educação tenham espaço privilegiado. Ela defendeu o lançamento recente do Pronatec, programa do Ministério da Educação de incentivo à formação de profissionais técnicos e criação e melhoria das escolas técnicas. “O Brasil não será competitivo se não tivermos elevação da formação técnica”, disse a presidente. “Não seremos competitivos se não avançarmos em direção a parcerias em que a inovação seja privilegiada”, ressaltou.

Por fim, Dilma destacou que é possível “investir fortemente em competitividade, desempenho e gestão”. Ela concluiu propondo o questionamento, a ser feito no fim de seu governo, se entregará um País melhor ou pior do que recebeu. “Quero ser julgada por isso”, afirmou.

Dilma disse que fará sua parte, mas conclamou cada um, no setor público e no setor privado, a fazer sua parte. Segundo ela, o resultado depende de um “esforço coletivo”. “Vamos trabalhar juntos para responder com um orgulhoso e realizado ‘sim’ a essa singela pergunta”, completou.

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