O Índice do Custo de Vida (ICV) no município de São Paulo acelerou de 0,65% em dezembro para 1,28% em janeiro, segundo informou hoje o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os principais responsáveis por esse aumento foram o grupo Transportes (3,09%), impulsionado pela alta de 7,78% do subgrupo transporte coletivo, e o grupo Educação e Leitura (4,79%), por conta de um aumento médio de 6,07% no preço das mensalidades escolares.
O grupo Alimentação, por sua vez, apontou alta de 1,17%, inferior à de 2,81% apresentada em dezembro. Enquanto as hortaliças subiram 30,74% e os legumes avançaram 15,48%, os grãos recuaram 7,63%, puxados pela queda de 22,84% do feijão. As carnes cederam 2,47%. O grupo Habitação teve alta de 0,23%, enquanto Saúde avançou 0,28%.
O Dieese calcula também o ICV por estratos de renda. Para o estrato 1 (renda média de R$ 377,49), de renda mais baixa, o índice acelerou de 0,63% em dezembro para 1,10% em janeiro. Esse segmento sofreu um impacto de 0,57 ponto porcentual da alta dos Transportes e de apenas 0,15 ponto de Educação.
O ICV do estrato 2 (renda média de R$ 934,17), de renda intermediária, registrou variação de 1,26%, saindo de 0,62% de dezembro. Já o custo de vida do estrato 3 (renda média de R$ 2.792,90) acelerou de 0,66% em dezembro para 1,35% em janeiro. Esse segmento foi o que menos sentiu o impacto de Transportes, de 0,39 ponto porcentual, e o que mais sentiu o de Educação, de 0,49 ponto. No período de 12 meses encerrado em janeiro deste ano, o ICV subiu 6,46% – um índice abaixo da alta de 6,91% acumulada em todo o ano passado.