Deficit do Brasil com o exterior chega a US$ 2,59 bi em setembro

O saldo das transações do Brasil com o exterior, como compras e vendas de bens e serviços e transferências de rendas, foi negativo em US$ 2,59 bilhões em setembro, pouco acima dos US$ 2,2 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.

No ano, o deficit em transações correntes acumula US$ 34,1 bilhões, pouco abaixo dos US$ 36,6 bilhões registrados no mesmo período de 2011.

Os dados são do balanço de pagamentos do governo com o setor externo, divulgados hoje pelo Banco Central.

Esse balanço mostra o que entra e sai de recursos no Brasil, via investimentos, operações financeiras, contratação de serviços, aluguéis, remessas de lucros e exportação e importação de bens e serviços, entre outros. Quando saem mais recursos do que entram, o saldo é negativo, e portanto ocorre o deficit.

O saldo de remessas de lucros e dividendos em setembro foi negativo em US$ 1,129 bilhão, o pior resultado desde setembro de 2006.

Em um momento de crise, as empresas brasileiras remeteram ao exterior US$ 1,168 bilhão, quase a metade do registrado no mesmo mês do ano passado, quando o montante foi de US$ 1,9 bilhão.

Viagens

Na conta serviços, que além de viagens inclui aluguel de equipamentos e transportes, entre outros, o resultado foi negativo em US$ 3,45 bilhões em setembro, acima dos US$ 3,1 bilhões registrados no mesmo mês de 2011.

Os gastos dos brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,7 bilhão em setembro, pouco abaixo do US$ 1,8 bilhão registrado no mesmo mês do ano passado.

Já os estrangeiros deixaram US$ 441 milhões no país no mês passado, abaixo dos US$ 501 milhões de setembro de 2011. O saldo nas viagens internacionais, assim, foi negativo em US$ 1,2 bilhão em setembro.

Investimento

O investimento estrangeiro direto no Brasil totalizou US$ 4,3 bilhões em setembro, abaixo dos US$ 6,3 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.

No mês passado, apesar da crise internacional, que costuma deixar os empresários mais cautelosos, o BC elevou sua projeção para entrada de investimento estrangeiro produtivo no país de US$ 50 bilhões para US$ 60 bilhões em 2012.