Custo de vida subiu menos para os mais pobres

A taxa média de inflação na cidade de São Paulo em novembro foi menor para as famílias mais pobres, com renda média de R$ 377,49, fechando em 0,45% segundo o Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O índice pleno subiu 0,53% no mês passado, uma aceleração de 0,10 ponto porcentual em relação a taxa de 0,43% de outubro.

Para as famílias de renda intermediária, de R$ 934,17, o ICV subiu 0,51% em novembro. A inflação foi maior para as famílias consideradas ricas, que recebem mensalmente, em média, R$ 2.792,90. Para esse estrato de renda, a inflação foi de 0,57% no mês passado.

O custo de vida em São Paulo deverá fechar o ano de 2008 com alta de 6,6%, prevê a coordenadora do ICV-Dieese, Cornélia Nogueira Porto. Essa taxa, se confirmada, representará uma elevação de 1,80 ponto porcentual na comparação com a inflação de 4,8% apurada pelo ICV-Dieese em 2007.

A previsão para o ano indica que em dezembro o ICV deverá registrar uma taxa semelhante a de novembro, em torno de 0,50%. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, o ICV subiu 6,01%. No período de 12 meses encerrado em novembro, o ICV registra alta de 7,16%.

Sobre o comportamento dos preços em novembro, Cornélia comentou que a menor taxa de inflação para as famílias mais pobres deveu-se à queda dos preços dos grãos, com destaque para o feijão, que teve seu preço reduzido em 12,32%. Contribuiu também o preço dos legumes, com deflação de 3,82%. Para as famílias mais ricas, para as quais notadamente a inflação foi mais alta, a coordenadora explica que as pressões vieram do grupo Habitação, que subiu 0,27%, com destaque para os aluguéis, em 1,18% de reajuste. Outra pressão sobre o custo de vida dos mais ricos veio do grupo Transportes (0,31%), puxado pelo aumento do subgrupo transporte individual, de 0,44%, em conseqüência do reajuste nas peças e assessórios (2,30%), no álcool (0,48%) e óleos lubrificantes (3,03%).

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