Custo da pecuária subiu 4,76% em 2006

Brasília (AE) – Os custos totais da pecuária de corte no Brasil subiram 4,76% em 2006. Só em dezembro, a alta foi de 0,26%. O levantamento foi feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea/Esalq/USP). No acumulado de 2006, o preço do boi gordo subiu 1,04%. O levantamento foi feito nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

?Falta renda para o pecuarista manter a produtividade em nível satisfatório?, resumiu o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, da CNA. Segundo ele, a perda de rentabilidade dificulta a continuidade dos investimentos em manejo alimentar, recuperação das pastagens, genética ou infra-estrutura, como cercas, currais e estábulos.

Ele avaliou ainda que começa a ocorrer uma depreciação dos fatores de produção da fazenda. Nos quatro anos de pesquisa da CNA/Cepea, foi possível constatar uma perda de margem na atividade de 42%, em virtude do aumento de 32% nos custos de produção e queda de 9,5% no preço da arroba do boi.

Nogueira comentou a ocorrência de febre aftosa no rebanho da Bolívia e disse que está ?preocupado com o risco que representa a volta da doença para a pecuária brasileira?. Nogueira lembrou que o Brasil reivindica na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a recuperação do status de área livre de febre aftosa com vacinação para os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, onde foram descobertos casos da doença em 2005.

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