Custo da construção subiu 6,73% em 2005

Com o reajuste de 0,10% registrado no mês de dezembro, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil calculado pelo Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná) fechou o ano de 2005 com aumento acumulado de 6,73%. Esse reajuste do CUB-PR reflete o aumento médio de 6,28% nos preços dos materiais e de 7,11% nos custos da mão-de-obra e encargos sociais no ano de 2005.

Diferente de 2004, período em que o aço teve o seu preço reajustado em até 40%, as maiores altas em 2005 foram lideradas pelo tijolo de 8 furos, produto que acumulou alta de 30,74%, pela pedra brita (27,66%), areia para concreto (24,00%) e produtos de madeira.

Os materiais de extração como a areia e a brita têm seus custos pressionados pelas exigências da legislação ambiental, justificam as empresas extrativas. Também é o caso da produção de tijolos, que usa a argila, como matéria-prima.

Os preços desses materiais pressionam os custos da construção, especialmente a produção de moradias populares. O tijolo, por exemplo, participa com 1,39% na composição do CUB residencial padrão médio (H82N). Já no CUB Casa Popular (CP1Q) essa participação sobe para 3,88%.

CUB determina custos

Divulgado mensalmente pelos sindicatos da construção, o Custo Unitário Básico (CUB) é calculado de acordo com a NBR 12.7821, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Elaborado de acordo com diversos projetos-padrão, o CUB determina o custo global da obra para fins de cumprimento da lei de incorporações e tem fins exclusivamente comparativos à realidade dos custos. Atualmente, a variação percentual do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de imóveis em construção e até mesmo como índice setorial, esclarece o presidente do Sinduscon-PR, Júlio César de Souza Araújo Filho.

O custo médio representativo da construção habitacional (padrão H82N, para imóveis em prédio de oito pavimentos, dois quartos e padrão normal de acabamento), computados apenas materiais e mão-de-obra, passou para R$ 848,86 o metro quadrado no mês de dezembro. Neste valor não estão considerados diversos itens como o projeto, obras de fundação, elevadores, urbanização, impostos e taxas, remuneração do construtor, entre outros.

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