MOVIMENTO FRACO

Curitibanos acordaram tarde para comprar o presente dos pais

Mesmo com um belo dia ensolarado, a movimentação no comércio do centro da capital paranaense demorou a ficar intensa neste sábado (13), véspera do Dia dos Pais. Mesmo aqueles que resolveram cruzar a Rua XV de Novembro logo que as lojas abriram, ainda tinham dúvidas sobre a decisão de gastar ou não. Isso porque, para muitos consumidores, mesmo com as tradicionais promoções de inverno, os preços não se mostravam tão convidativos, principalmente para quem já acumula dívidas de outras compras não planejadas.

“Gastei demais nas últimas compras de Natal, Dia das Mães, etc. Acho que não vai dar para fazer mais um gasto, meu pai terá que se contentar com a minha presença”, avalia a dona de casa Roseli Silva Oliveira Almeida. A professora Denise Generoso Silva concordou com a amiga e parceira na decisão de economizar. “Meu pai mora longe. Quando eu for visitá-lo pretendo estar com menos dívidas, aí compensarei”, promete.

A vendedora Alexandra Matos também decidiu adiar a compra de um presente para o pai, que mora no município de Chopinzinho, sudoeste do Paraná. “Estou meio enforcada em contas, mas assim que aliviar, gostaria de dar um óculos bem estiloso para ele”, planeja.

Até o Homem-Aranha que, diariamente, fica na Rua XV de Novembro divertindo turistas e moradores de Curitiba, vai apenas telefonar para o pai no domingo. “Ainda preciso pagar o aluguel deste mês, espero que o movimento aumente à tarde para conseguir dar conta”, explica o ator e produtor Jota Eme. Há um ano, ele fica cerca de sete horas por dia em cima de uma caixa, fazendo performance e posando para fotos em um dos principais cartões postais da capital.

Na contramão dos que querem ou precisam economizar, o encarregado de expedição Leandro Damião investiu pesado neste Dia dos Pais. “Comprei uma câmera fotográfica digital e um traje social”, revela. O pai mora no interior de São Paulo, em Itararé, e deverá receber os mimos no próximo mês. “Quero aproveitar o feriado de setembro para matar as saudades”, diz.