Curitiba teve a quarta maior taxa de IPCA

A Grande Curitiba encerrou o mês de setembro com a quarta maior inflação do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a 0,38%. Em nível nacional, a inflação ficou em 0,35%, acima da taxa de agosto (0,17%). Sozinha, a gasolina causou um impacto de 0,14 ponto percentual e foi responsável por 40% do IPCA do mês passado. O levantamento é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média, o consumidor passou a pagar mais 3,36% por litro do combustível. O resultado reflete parte do reajuste de 10% nos preços de venda nas refinarias anunciado pela Petrobras em 10 de setembro, o primeiro reajuste do ano. De janeiro a agosto deste ano, sob influência do álcool que ficou 12% mais barato, os preços da gasolina caíram 0,56%. No entanto, nos meses de julho (2,05%), agosto (1,58%) e setembro (1,41%) foram registrados aumentos nos preços do álcool por causa dos reajustes praticados no atacado.

Na Grande Curitiba, a alta dos combustíveis foi de 1,92% – abaixo da média nacional, que foi de 3,02%. Outro setor que apresentou maior elevação em Curitiba foi alimentos e bebidas, com elevação de 0,22% nos preços. Em nível nacional, houve queda de 0,25%. Também os artigos de residência subiram mais por aqui: 0,11%, contra queda de 0,26% na média brasileira. O grupo vestuário também apresentou maior aumento: de 0,46% na Grande Curitiba, contra 0,19% no País.

Meta

O IPCA é o índice usado pelo Banco Central (BC) como parâmetro do sistema de metas de inflação. A meta estabelecida para o ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,5% com margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O BC, no entanto, anunciou no início do ano que trabalharia com a meta ajustada de 5,1% para 2005.

Com o resultado de setembro, o IPCA acumula 3,95% no ano, percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2004 (5,49%). Nos últimos 12 meses, o índice acumula 6,04%, próximo à taxa dos 12 meses imediatamente anteriores (6,02%), já que em setembro do ano passado (0,33%) a taxa mensal foi semelhante à atual. Na Grande Curitiba, o IPCA acumula no ano alta de 3,20% – a menor do País.

Entre as regiões pesquisadas, os maiores índices foram registrados em Recife (0,48%) e São Paulo (0,47%). Em Recife, o resultado foi influenciado pela alta da energia elétrica (5,77%), remédios (1,30%) e salários dos empregados domésticos (3,45%). Em São Paulo, o destaque ficou com a taxa de água e esgoto (7,46%), além dos alimentos (0,02%), que mostraram relativa estabilidade. Goiânia (-0,06%) registrou o menor índice.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de setembro teve variação de 0,15% e ficou acima do resultado estável de agosto, com taxa igual a zero. Com a taxa de setembro, o INPC acumula 3,47% no ano, abaixo dos 4,59% registrados em igual período de 2004. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 4,99%.

A Grande Curitiba apresentou a maior variação (0,35%) entre as nove regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. O grupo alimentos e bebidas, com aumento de 0,17%, contribuiu para a alta da inflação. Em nível nacional, houve queda de 0,45%.

O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de até oito salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. O menor índice regional foi registrado em Brasília (-0,28%).

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