Crise no agronegócio reduziu financiamentos

Brasília (AE) – Produtores rurais demandaram R$ 800 milhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) em 2006. Para empresários de outros setores, foram emprestados mais R$ 500 milhões neste ano. O balanço foi divulgado ontem pelo Banco do Brasil. No total, foram fechados 43 mil contratos. A expectativa do banco é liberar mais R$ 1 bilhão no início de 2007, quando deve ser concluído o processo de avaliação de propostas apresentadas pelos empresários da região. O total contratado em 2006 é equivalente ao valor emprestado em 2005.

Com o aumento na arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que repassam 0,6% dos recursos para o FCO, e o crescimento de 7% no volume de retornos dos financiamentos em relação a 2005, o orçamento do FCO em 2006 soma R$ 2,3 bilhões. Os principais fatores que impediram uma maior aplicação dos recursos em 2006 foram a crise vivenciada pelo agronegócio da região e a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que tornou mais atrativas outras fontes de financiamento.

O banco informou, no entanto, que com a redução das taxas de juros do FCO a partir de janeiro de 2007, os financiamentos custarão, em média, 17% menos para os empreendedores, que ainda contam com bônus de adimplência de 15% sobre os encargos quando os pagamentos são efetuados em dia. A redução dos juros consta no Decreto 5.951, publicado no final de outubro, e vale a partir de 1.º de janeiro de 2007, inclusive os contratos de financiamento em vigor em 31 de dezembro de 2006, celebrados com taxas prefixadas. Com a redução dos encargos financeiros e o cenário favorável para investimentos a partir de 2007, a demanda deve atingir o orçamento previsto de R$ 2,6 bilhões.

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