Criação do Mercosul completa 15 anos

Em 26 de março de 1991, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai celebravam o Tratado de Assunção e constituíam o Mercado Comum do Sul (Mercosul), com o objetivo de formar um bloco econômico estável para enfrentar os desafios da globalização. Quinze anos depois, o Mercosul é o quinto colocado na escala de destino de exportação do Brasil, detendo 8,8% da produção. A União Européia é a primeira colocada (28,5%), seguida pela Ásia (19,7%), Estados Unidos (13,7%) e Oriente Médio (8,9%).

Para o presidente do Instituto Centro de Comércio Exterior do Paraná (Cexpar), Neri Dal Prá, o resultado das relações comerciais do Brasil, enquanto integrante do Mercosul, é ?extremamente positivo e favorável aos negócios do país?, pois integram o saldo de 22,6 bilhões obtidos no ano passado, e além disso, o Mercosul é uma possibilidade para a integração de empresários, empresas e produtos.

Entretanto, Dal Prá afirma que falta vontade política de avançar mais fortemente a negociação para regulamentar os aspectos conflitantes. ?Para isso, é necessário perseguir os objetivos que motivaram a existência do Mercosul, como uma possibilidade de produzir resultados crescentes na força de barganha que um bloco bem integrado pode representar com os demais blocos econômicos do mundo?, comenta.

Entre os itens mais exportados pelo Brasil, por setor, estão bens intermediários (69%), seguidos dos de consumo (21,7%), de capital (8%) e combustíveis e lubrificantes (0,2%).Quanto aos produtos, soja, veículos e autopeças, madeira, aves e milho totalizam 74% dos produtos enviados ao exterior. No Mercosul, o Paraná participa com 6,5% nas exportações para a Argentina e importa 7,6% no volume da contrapartida, sendo o terceiro parceiro comercial do bloco. ?Neste caso, o Mercosul está dando certo, já que Uruguai e Paraguai realizaram poucas transações?, explica Dal Prá.

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