Criação de vagas formais bateu recorde em 2004

O reaquecimento da atividade econômica fez com que 2004 terminasse com o saldo recorde de 1,523 milhão de novos empregos formais. Foi o maior número desde o início da série histórica da pesquisa sobre contratações com carteira assinada do Ministério do Trabalho, em 1992.

O nível de emprego medido mensalmente é o saldo entre o número de admissões e o número de demissões. Embora recorde, o resultado ficou abaixo do previsto pelo ministério, que era de 1,8 milhão de novas vagas com registro em carteira de trabalho.

O resultado do ano foi prejudicado pelo desempenho do mês de dezembro, que ficou negativo em 352.093 – o pior dezembro desde 1998. No mesmo mês de 2003, foram eliminadas 299.918 vagas. "Realmente, havia uma expectativa de uma queda menor", disse o secretário-executivo do ministério, Alencar Ferreiras Junior.

Neste ano, Ferreira espera que o desempenho seja no mínimo igual ao do ano passado.

Para ele, o aumento do salário mínimo de R$ 260 para R$ 300, que irá elevar a renda da população de menor poder aquisitivo, e o orçamento recorde do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), de cerca de R$ 9 bilhões, são alguns dos fatores que irão colaborar para a geração de empregos em 2005.

Durante a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu criar 10 milhões de empregos.

Segundo Ferreira, embora o resultado de 2004 tenha ficado abaixo do esperado, o saldo dos empregos formais nos dois anos do governo Lula, de 2,168 milhões, está acima do registrado em mandatos anteriores.

No primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, o saldo ficou negativo em 1 milhão. No mandato seguinte, 1995 e 1998, o saldo foi de 1,8 milhão.

2004

Um dos destaques do mercado de trabalho em 2004 foi o dinamismo do interior. Entre janeiro e dezembro, essas regiões tiveram um saldo de 633.466 novas vagas, contra 546.334 das regiões metropolitanas. Isso mostra, segundo ele, os invetimentos feitos por empresas nessas áreas.

O setor que gerou mais empregos foi o da indústria de transformação, com 504.610 novos registros em carteira.

Entre os estados, o recordista na criação de novas vagas foi São Paulo, com 497.652.

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