Crédito subsidiado para empresas não demitirem

Brasília – O Ministério do Trabalho deve anunciar até o final do mês um pacote de medidas emergenciais para evitar demissões nas empresas. Empresários do setor metalúrgico de São Paulo ameaçaram, anteontem, promover demissões em massa para driblar os efeitos da redução nas vendas e diminuição de produção. Entre as medidas em estudo está a ampliação da linha de crédito com juros subsidiados do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para setores com alta capacidade de empregabilidade.

O BNDES já destinou R$ 4,7 bilhões do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador) para financiar setores considerados prioritários pelo governo no projeto de desenvolvimento econômico-industrial. Foram beneficiados os setores de turismo, exportação, agronegócio, energia, saneamento básico, transporte de massa, entre outros.

Estudo do Ministério do Trabalho mostra que existem mais R$ 5 bilhões do FAT que poderiam ser utilizados na alavancagem de micro e pequenas empresas e dos setores de alimentação e construção civil.

O ministro Jacques Wagner (Trabalho) deve se reunir com representantes do FAT para discutir a possibilidade de ampliação de crédito para esses setores da economia.

Segundo técnicos do Trabalho, a ampliação de recursos para esses setores seria uma ferramenta para evitar demissões durante a transição para a chamada “fase dois” da economia”, onde a política econômica do governo estaria voltada para o crescimento com desenvolvimento, geração de emprego e aumento da renda.

Para receber recursos subsidiados, as empresas terão de cumprir metas de inserção de desempregados no mercado de trabalho, responsabilidade social e qualificação profissional dos funcionários.

Carro popular: fase 2

A indústria automotiva também preocupa o governo federal. O lançamento do programa de renovação da frota de carros deve ser acelerado para aliviar a crise do setor.

No mês passado, o estoque de carros nas fábricas e concessionárias atingiu 170,7 mil unidades, o suficiente para 48 dias de comercialização. Para reduzir o estoque, as montadoras reduziram a produção, anunciaram férias coletivas e começaram a liquidar seus carros no varejo por meio de feirões e promoções.

O Ministério do Trabalho chama de “fase 2 do carro popular” o programa que deve dar incentivos para o consumidor trocar o automóvel velho por um novo.

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