Crea sugere criação de nova estatal de telefonia no Paraná

Uma nova estatal telefônica no Paraná, resultado da incorporação da Sercomtel pela Copel. É esta a proposta do presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR), Álvaro José Cabrini Jr. Ele enviou esta semana um documento técnico ao governador Roberto Requião (PMDB) sugerindo a criação da nova estatal.

De acordo com o documento, a incorporação da Sercomtel S/A – Telecomunicações, de Londrina, pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) possibilitaria um aporte tecnológico, além do financeiro, que permitiria que se criasse uma nova empresa denominada ?Companhia de Telecomunicações do Paraná?.

Segundo Cabrini, o Crea-PR vem debatendo projetos estratégicos ao desenvolvimento do Estado desde 2001, a partir de uma lógica estrutural e uma dinâmica de discussão peculiar ao exercício das profissões ligadas ao sistema Crea. ?É o papel do conselho apoiar e sugerir todas as iniciativas que visem defender e estimular empresas públicas que venham gerar a inserção dos profissionais do sistema no mercado de trabalho?, destacou Cabrini.

Concessão e tecnologia

O presidente do Crea-PR salientou que a Sercomtel já possui a concessão e a tecnologia necessárias para operar comercialmente e, que, o Estado também possui serviços de telecomunicações que cobrem os principais pontos do território paranaense.

?Se a Sercomtel se somar ao potencial da Copel Telecomunicações, que detém tecnologia de ponta para a transmissão de dados por meio de rede de fibra óptica de alta qualidade e profissionais qualificados, poderíamos reconstituir uma estatal telefônica?, defendeu Cabrini.

Telepar

Criada em 1963, a Companhia de Telecomunicações do Paraná (Telepar) foi privatizada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A partir da venda dos ativos da empresa foi formada uma holding, hoje intitulada ?Brasil Telecom?. O governo do Paraná detinha ações da Telepar, mas o acionista majoritário era o sistema Telebrás – o governo federal, que tinha como norte de atuação a política do ?Estado mínimo?.

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