Contabilistas protestam por lentidão da Receita

O Sindicato dos Contabilistas de Curitiba, Sincotiba, com o apoio da Federação dos Contabilistas do Paraná e outras entidade representativas, realiza amanhã (30), um protesto contra o mau atendimento da Receita Federal e do INSS. Durante a manifestação, que terá início às 10h, na Boca Maldita, e contará com concentrações em frente aos prédios do INSS e da Receita Federal, os contabilistas cobrarão medidas para desburocratizar o atendimento dessas entidades.

?A Receita Federal olha o contribuinte a quilômetros. Não dialoga. Fiscaliza com base no erro. Assim não pode continuar. Essa passeata pode ser o início de mudanças?, reclama o contabilista Paulinho da Silva Steffen.

O presidente do Sincotiba, Narciso Dóro Júnior, que esteve na redação do jornal O Estado do Paraná, ontem, junto com outras lideranças do setor, explica que um dos objetivos do movimento é facilitar o processo de abertura de empresas, que, segundo ele, está demorando entre 30 e 40 dias. ?Para isso, sugerimos a adoção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) on-line, que reduziria esse período para, no máximo, três dias?, diz, lembrando que, no Paraná, já se faz o cadastro pela internet. ?Também estamos insatisfeitos com o descaso da Previdência Social com o cidadão. O posto do INSS em Curitiba faz apenas 20 atendimentos por dia. Quem não dormir na fila não consegue ser atendido?, completa. Narciso lembra ainda que a burocracia que cerca as empresas, combinada com o excesso de exigências fiscais, carga tributária e juros altos, desestimula o empreendedorismo, e é o que alimenta a informalidade e torna o crescimento do País lento.

?Numa passeata pacífica, queremos cobrar parcerias por parte do governo federal para que possamos agilizar os trabalhos das empresas, que estão com dificuldades, até, para conseguir a certidão negativa junto à Receita, o que as impede de realizar diversas ações, como a participação em licitações, por exemplo?, ressalta Valdir Pietrobon, vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, que também participa do ato. ?O governo cobra do empresário a criação de empregos, mas não dá a ele a condição para criá-los?, conclui. (Roger Pereira)

Voltar ao topo