Consumidor paga mais caro pela cerveja

São Paulo

  – A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) aumentou na sexta-feira em 10%, na média, os preços de suas cervejas. Os índices do reajuste irão variar conforme a região do País, o tipo de embalagem e a forma de distribuição do produto. Dona de 76% do mercado nacional de cervejas, que domina com várias marcas, inclusive as líderes Skol, Brahma e Antarctica, a AmBev não mexia em seus preços desde 2001, quando reajustou seu portfólio de cervejas em 12%.

Com 43% dos custos de produção atrelados ao câmbio, o aumento anunciado hoje vem para compensar a expressiva alta acumulada pelo dólar desde janeiro.

Embora tivesse feito operações financeiras de proteção contra oscilações cambiais no início do ano, a empresa não esperava uma alta tão forte do dólar e acabou forçada a rever seus preços. Assim , a companhia segue os passos da Molson (dona das marcas Kaiser e da Bavaria), que em julho reajustara seus preços em 6%.

De acordo com o último levantamento da AC Nielsen, em setembro a Kaiser detinha 9,4% das vendas nacionais e a Bavaria, 2,1%. Ainda no segmento de cervejas pielsen, a Skol liderava o ranking das mais vendidas, com 32,5% das vendas, seguida da Brahma, com 21,1%, e da Antarctica, 10,9%. A Schincariol, que tinha 9% do mercado pela AC Nielsen, informou ontem que ainda avalia seus custos e não definiu se reajustará suas tabelas.

Ontem, a AmBev anunciou também a assinatura de acordo com a Cab-Corp (Central America Bottling Corporation). No início de setembro, a empresa já havia informado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre as negociações.

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