Companhias abertas dobram participação no PIB

São Paulo (AE) – A participação das empresas abertas brasileiras no Produto Interno Bruto (PIB) dobrou no período de pós-desvalorização cambial. Essa é uma das conclusões do Primeiro Anuário Estatístico, anunciado ontem pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

O objetivo do trabalho é divulgar os efeitos das ações de política econômica para as perspectivas das empresas do setor, conforme disse o presidente da Abrasca, Alfried Plöger. Para o anuário, a entidade realizou parceria com a GRC Visão, que ficará responsável pela consolidação dos dados e das estatísticas.

O estudo mostra ainda que a flexibilização da política de câmbio no Brasil em 1999 também levou à inversão da relação entre a margem operacional das companhias e os juros reais.

Antes da desvalorização cambial, os juros reais superaram em todos os anos a margem operacional consolidada das empresas da amostra, que são 455 companhias com receita anual superior a R$ 20 milhões.

Plöger disse também que o grupo avaliado teve desempenho bastante positivo no ano passado, expresso por uma margem operacional de 18% sobre as receitas líquidas reais, superando os 8% de juros reais de 2004.

O faturamento líquido das empresas analisadas totalizou R$ 420 bilhões, um crescimento real de 4,5%, na comparação com 2003. Quando comparada ao PIB do ano passado, a receita líquida total do grupo responde por 25% do total.

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