A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) prevê, até novembro deste ano, a distribuição de gás natural para Londrina, na região Norte do Paraná. A promessa da companhia é que em no próximo ano Maringá, no Noroeste, também receba o combustível por meio de um gasoduto. O fornecimento deste combustível possibilitará a instalação de empresas nas duas cidades, o que poderá favorecer ainda mais o crescimento do Estado.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (6) pelo presidente da Compagas, Luciano Pizzato, durante a assinatura do contrato de fornecimento de gás natural para a Vale Fertilizantes (Ultrafértil) instalada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Atualmente, a empresa fornece um total de 1 milhão de metros cúbicos (m³) por dia de gás para diversas empresas no Paraná. O contrato com a Vale prevê o fornecimento de 540 mil m³ de gás por dia. Um crescimento de 60% no volume de gás comercializado no Estado.
Com o contrato estimado em R$ 829 milhões, o consumo da empresa aumentará dos atuais 10 mil m³ para 540 mil m³ de gás por dia. O novo produto irá substituir o óleo combustível usado para a geração de energia. Para que os equipamentos possam utilizar o novo combustível a partir de fevereiro de 2014, a empresa irá investir R$ 76 milhões na adaptação das caldeiras.
“É um contrato fundamental, tanto pelo volume de gás, quanto pela diminuição de poluentes, já que a Vale vai passar a utilizar o gás natural que tem mais vantagens ambientais”, destaca Pizzatto.
Segundo Pizzato, muitas empresas estão procurando o Paraná para instalar suas plantas. O maior problema, segundo ele, é a distribuição e fornecimento do combustível. Para isso, o governo do Estado pretende ampliar a malha de gasoduto, inclusive com a construção de um terminal em Paranaguá, no Litoral, para receber o Gás Natural Liquefeito (GNL) de outras fontes. “Estudamos a possibilidade de buscar outros Países, com isso tornar o preço do combustível mais competitivo”, afirmou Pizzato.
Atualmente, o combustível distribuído pela Compagas vem do gasoduto Bolívia-Brasil, e é vendido a US$10,40 o milhão da BTU (unidade de medida). “Um custo elevado para empresas de insumos”, lembra Pizzato. A Vale Fertilizantes compete com a Petrobras S.A no mercado de insumos agrícolas.
A Compagas prevê para ainda este ano a criação de uma rede de gás natural veicular (GNV). “Queremos que o motorista que opte pelo combustível possa dar a volta em todo o Estado”, salientou o presidente da estatal. Há projetos da empresa também para a região Central do Estado, considerada a região mais pobre do Paraná. “Pretendemos levar o desenvolvimento para esta região, isto só será possível com o gás natural”, lembrou Pizzato.