Comitê sugere manutenção do Bolsa Família e promoção da reforma agrária

Rio de Janeiro – O secretário-executivo do Comitê Nacional de Implementação do Direito Humano à Alimentação Adequada (Comidha), Rogério Tomaz Júnior, sugeriu nesta segunda-feira (15) a manutenção do programa Bolsa Família, que se propõe a contribuir para a alimentação básica das famílias que não têm recursos.

"É importante e tem que ser garantido. Na situação social que o país vive, não dá para se pensar em tirar o programa de uma hora para outra, ainda mais sob a desculpa usada por setores mais conservadores, de que não se pode dar o peixe, mas sim ensinar a pescar. Não é tão simples assim?, sugeriu.

Ele lembrou que para pescar é preciso que as pessoas tenham acesso a ferramentas e que os rios estejam tratados. Por isso, considera importante o Bolsa Família importante, mas adverte que é preciso ir além.

?É o que se cobra do Estado: que não fique apenas nisso. Os programas de políticas públicas que podem realizar o direito à alimentação têm que ser acessados?, disse. E citou entre esses programas "uma reforma agrária decente, eficiente, eficaz, que garanta a autonomia das famílias em relação ao Estado".

Segundo o secretário, essas famílias "devem sair da condição de necessitar da renda extra do Bolsa Família, por meio da produção direta dos alimentos e da venda, para  ficarem independentes em relação a isso?.

O Comidha  foi criado há dois anos e possui uma rede de unidades regionais em todos os estados. Em processo de institucionalização, o Comitê se propõe a contribuir para o monitoramento das violações do direito humano à alimentação adequada.

Em nível nacional, quatro organizações participam do Comidha: a Ação Brasileira  pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrandh), a  Rede de Informação e Ação pelo Direito a se Alimentar (Fian Brasil), o Instituto de Estudos Sócioeconômicos (Inesc) e  o Fórum de Entidades  Nacionais de Direitos Humanos.

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