Nova Iork (Das agências) – Carly Fiorina, uma das mulheres mais poderosas do mundo empresarial dos Estados Unidos, está deixando a presidência da Hewlett-Packard (HP), depois de seis anos à frente da companhia. A executiva foi forçada a deixar a empresa após desentendimentos com o conselho sobre a estratégia da fabricante de computadores e impressoras. "Ainda que lamente as diferenças entre mim e a direção sobre como executar a estratégia da companhia, respeito a decisão do conselho. HP é uma grande empresa e desejo a todos muito êxito no futuro", disse Fiorina num comunicado.
A HP informou que está procurando um novo presidente e, até lá, Robert Wayman, presidente financeiro da empresa, ocupará o cargo. "Carly veio para a HP para revitalizar a companhia. Ela tem uma visão estratégica e pôs em marcha um plano que deu à HP a capacidade de competir e triunfar", disse a diretora Patrícia Dunn no comunicado em que a empresa informava a saída de Carly Fiorina.
Sua gestão vinha sendo muito criticada por acionistas, membros do conselho e analistas, particularmente pelo empenho que pôs na compra da Compaq. Um dos argumentos dos críticos é o fato de o preço das ações estar abaixo do de outras empresas do setor. Ontem, os papéis da empresa avançaram 8% cerca de uma hora depois da abertura do mercado, cotados a US$ 21,71.
Carly Fiorina foi eleita, por seis anos consecutivos, de 1998 a 2003, a executiva mais poderosa dos Estados Unidos, pela revista Fortune. No ano passado, amargando a queda nos lucros da HP e a concorrência acirrada das rivais IBM e Dell, Fiorina ficou em segundo lugar na lista da revista, atrás de Meg Whitman, presidente e diretora-executiva do site de leilões eBay.
Em 2002, Fiorina levou adiante a fusão com a Compaq apesar de todas as críticas e após meses de batalhas, principalmente com o herdeiro Walter Hewlett, que chegou a levar o processo de fusão para a Justiça. A fusão não deu até hoje o retorno prometido por Fiorina na ocasião.