Brasil quer acordo também com América Central e Caribe

O Governo brasileiro vai intensificar as ações para ampliar as relações
comerciais com os países da América Latina. Além do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Andina, que deve ser concluído no final de novembro, o Brasil deve iniciar as negociações para um acordo de
preferências tarifárias com o Mercado Comum Centro Americano (MCCA) e a
Comunidade e Mercado Comum do Caribe (Caricom).

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, embaixador Sergio Amaral, o assunto será discutido amanhã na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex).


“Queremos basicamente incrementar o volume de comércio e faremos o acordo de preferências tarifárias, que mais tarde poderá ser ampliado”, informou o ministro. Para dar início ao acordo com os países do MCCA (Costa Rica, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Guatemala), o Mercosul deve se beneficiar de um acordo de cooperação, assinado em 1998, com o objetivo de estreitar as relações econômicas entre as partes.

Amaral destacou também que as negociações serão simples, porque o Governo não tem mais tempo de concluir um acordo mais complexo como foi o caso do Mercosul/México. A idéia é criar uma tarifa linear ao invés de discutir uma tarifa específica para cada setor.

“Daríamos uma preferência tarifária no nível maior que os países centro americanos dariam a nós, na medida em que temos um superávit comercial expressivo com eles.”


A participação desses países na pauta de exportações brasileiras ainda é
pequena, mas cresce a cada ano. De acordo com dados da Secretaria de
Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou no ano passado US$ 283 milhões para o MCCA, o que representa um crescimento de 1,34%.

Com relação ao Caricom, que reúne 13 países caribenhos, o país vendeu em 2001 US$ 366 milhões, um crescimento de 54,4% sobre o ano anterior.

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